Por Milton Pereira
Estamos às vésperas de uma eleição presidencial. O país passou por momentos sombrios, com milhares de mortes, milhões de esfomeados, milhões de desempregados, mentiras e calúnias divulgadas na mídia e nas redes sociais, perdas de direitos, perdas de riquezas naturais, perdas de monopólio e perda da soberania nacional. Será que estamos prestes a nos despedir de um governo formado por pessoas que, dependendo do que podem lucrar, arriscam-se a fazer qualquer coisa?
Basta ver do que foram capazes os parlamentares e integrantes dessa balbúrdia governamental:
André Mendonça, o pastor-juiz com suas articulações terrivelmente evangélicas que o levaram ao STF;
Augusto Heleno, o general da Inteligência que fazia cantoria sobre o Centrão;
Carla Zambelli e os inúmeros processos que respondeu por mentiras servindo de capacho para Bolsonaro;
Carlos Decotelli, o ministro da Educação que não virou ministro porque mentiu sobre a sua educação;
Ciro Nogueira e o domínio do orçamento secreto do governo;
Damares Alves, a pastora que prega direitos desumanos para a mulher e a família depois de conversar com Jesus em cima da goiabeira.
Ernesto Araújo, o diplomata que prega em suas relações exteriores Deus, pátria e família nos países antifascistas;
Fábio Faria, aquele que não faria mas faz muito pelo sogro;
General Eduardo Pazuello, que dispensa comentários;
Gilson Machado e seu turismo sanfoneiro desafinado;
Gustavo Bebianno, o ministro que sabia demais e foi infartado;
Marcelo Alvaro Antônio e seu laranjal;
Marcelo Queiroga, o ministro da Saúde que condenou a vacinação;
Marcos Pontes, o ministro astronauta que está mais para terraplanista;
Mario Frias e o congelamento da Cultura;
Milton Ribeiro, o pastor-ministro belicista e o mistério das barras de ouro e bíblias com seu retrato;
Osmar Terra, o médico que defendeu a covid-19 como sendo uma gripezinha sem maiores problemas;
Paulo Guedes, o ministro Posto Ypiranga que se empenha pela própria economia em contas no exterior;
Paulo Sérgio, o general que faz sua defesa do voto impresso enquanto nossas fronteiras são invadidas por mercenários de ouro e madeira;
Ricardo Salles e o início do fim do meio ambiente;
Sergio Camargo e sua Fundição Palmares;
Sergio Moro, o ex-juiz e suas fraudes processuais para condenar um candidato e ascender a um cargo político no governo que ajudou a eleger;
Tarcísio de Freitas e sua falta de estrutura na intenção de governar São Paulo;
Tereza Cristina, a rainha dos venenos e sua pecuária com abastecimento de alimentos contaminados por defensivos agrícolas.
Milton Pereira é jornalista, artista plástico e músico