Vitória: Sociedade Amigos da Cinemateca vai gerir a instituição

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Da Redação

 

Saiu na última segunda-feira, 18, no Diário Oficial da União, o resultado do Chamamento Público publicado pelo governo federal para escolher uma nova instituição gestora para a Cinemateca Brasileira, maior acervo audiovisual da América do Sul e há quase dois anos fechada, sob risco. É resultado da luta da comunidade contra o descaso do governo Bolsonaro.

A Portaria definiu que a Sociedade Amigos da Cinemateca (SAC) obteve a pontuação máxima no edital (nota 10). Ela tem sede em São Paulo, na Vila Mariana, e é presidida por Carlos Augusto Calil, um dos maiores especialistas em cinema brasileiro do país. Em agosto, um dos galpões da instituição pegou fogo na Vila Leopoldina, ficando quase que inteiramente destruído.
A Sociedade Amigos da Cinemateca vai dispor, segundo o secretário Especial de Cultura, Mario Frias, de R$ 14 milhões para gerir a instituição em 2022 – no Edital de Chamamento, estava estabelecido R$ 10 milhões, mas houve uma promessa do governo de ampliar esse recurso após o incêndio.
A SAC geriu a Cinemateca, por meio de um Termo de Parceria, entre 2008 e 2013, e tinha uma pendência com a instituição pela sua condução da administração do acervo, mas fez um acordo com o governo e quitou o débito para poder participar do Chamamento. Depois da SAC, a Cinemateca foi administrada pela Rede Nacional de Pesquisa (RNP, entre 2014 e 2015) e pela Associação de Comunicação Educativa Roquette Pinto (Acerp, entre 2016 e 2018, quando teve o contrato rompido pelo atual governo federal).
A diretora de cinema, Petra Costa, comemorou a decisão. “É uma vitória para o cinema nacional. Depois de muita luta, saiu finalmente nesta segunda-feira o edital. Quem assume é a Sociedade Amigos da Cinemateca, com sede em São Paulo e tem sido extremamente crítica na condução das políticas de manutenção da Cinemateca. A instituição vai dispor de R$ 14 milhões para gerir a Cinemateca em 2022 – estava estabelecido R$ 10 milhões, mas houve uma promessa do governo de ampliar esse recurso após o incêndio”.

 

Petra Costa

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