O SindCT promoveu, no último dia da 74a Reunião Anual da SBPC, a meda redonda sobre a história da criação das urnas eletrônicas brasileiras.
A mesa contou com a participação do ex-Ministro Carlos Velloso, presidente do TSE na época da criação da urna eletrônica, Avelino Francisco Zorzo, diretor de educação da Sociedade Brasileira de Computação, Célio Castro Wermerlinger, coordenador de Modernização do TSE e Fernanda Soares Andrade, jornalista e autora do livro sobre as urnas eletrônicas.
As atividades foram iniciadas com a leitura do manifesto organizado pela SBPC, em defesa das eleições e da urna eletrônica. O manifesto foi lido pela vice-presidenta da SBPC e professora emérita da UnB, Fernanda Sobral. Após a leitura, o manifesto foi entregue ao representante do TSE, Célio Wermerlinger, que se comprometeu a encaminhar o documento ao presidente do TSE, Edson Fachin.
O ciclo de palestras foi iniciado com o professor Avelino Zorzo, que explicou como funcionam alguns sistemas de segurança da urna eletrônica, como evoluíram ao longo dos anos e como são barreiras impossíveis de serem ultrapassadas.
Em seguida, o ministro Velloso contou como, e porque, surgiu a ideia de criar um sistema eletrônico de votação: “era necessário eliminar a mão humana do processo eleitoral”. O ministro explicou como ocorriam as fraudes eleitorais antes da criação eletrônica e como a urna também se tornou um objeto de inclusão no processo de voto, ao permitir que analfabetos possam realmente expressar sua vontade e conferir o voto, através do teclado numérico e imagem do candidato.
Velloso afirmou não entender porque representantes das Forças Armadas e do Ministério da Defesa hoje questionam o processo eleitoral de voto, se ajudaram a desenvolvê-lo. E elogiou o trabalho de todos os servidores do TSE, dos voluntários e das empresas que atuam nas eleições.
Célio Wermelinger explanou sobre os os sistemas de auditoria das urnas eletrônicas, que são realizados antes, durante e após as eleições. Wermelinger também informou que o TSE realiza os Testes Públicos de Segurança, podendo deles participar qualquer brasileiro com mais de 18 anos que queira “invadir” o sistema da urna e tentar alterá-lo.
A mesa foi encerrada com a fala da jornalista Fernanda Soares Andrade, que explicou os motivos do SindCT publicar o livro sobre o tema: “o sindicato possui um projeto para mostrar à população que todo investimento realizado em pesquisa científica retorna como benefícios para a sociedade”.
Para Fernanda, a urna eletrônica é o que melhor representa o tema da Reunião da SBPC: “Ciência, Independência e Soberania Nacional”.
A jornalista citou os servidores do INPE e do DCTA, Antonio Ésio, Paulo Nakaya, Mauro Hashioka (já falecido) e Oswaldo Catsumi que foram os principais protagonistas do livro.
Para finalizar, a jornalista informou que representantes do SindCT, Fernando Morais, Acioli de Olivo e Sérgio Rosim, estiveram com ela em audiência com o presidente do TSE, Edson Fachin, para a entrega, em mãos, de um exemplar do livro. Nesta audiência, Fernanda ofereceu ao TSE, gratuitamente, os direitos autorais do livro recém-publicado. “É necessário que essa história seja acessível a mais pessoas, para que a lisura do processo eleitoral brasileiro não seja mais questionada.”
Após o ciclo de perguntas da plateia, o ministro Velloso e a jornalista Fernanda permaneceram no auditório para autografar os livros que foram distribuídos a todos os participantes