Por trás dessa foto tirada em Santana do Parnaíba, num dia muito feliz de 1985, quando fizemos uma gravação para o “Festival dos Festivais” da TV Globo, está um querido amigo e colega que se foi nesta noite.
Serginho Amaral, como Astrid e Sandrinha, foi meu aluno. Depois trabalhou comigo na revista Imprensa e nesse festival, no início de sua triunfante carreira, em que se converteu num dos maiores fotojornalistas do país.
Trocamos impressões mais recentemente, sobre o enfrentamento do câncer. Foi uma luta que ele travou com resignação e coragem, mas que enfim perdeu, porque o seu era no pulmão, um dos mais graves.
Difícil expressar a tristeza que me toma neste momento. Difícil trocar em palavras a simpatia, a doçura e o bom astral do Serginho, bem conhecidos de seus amigos. Difícil saber que não haverá mais o seu olhar sensível, para fazer notícia com imagens.
Ao prantear esse grande cara, enviando meus profundos sentimentos à família, convido tod@s a reverem a sua obra.
Sergio Amaral começou a fotografar em 1977. Cursou o Colégio Equipe e Comunicação/Jornalismo na PUC-SP (80/85). Trabalhou nos jornais Correio Braziliense, Estado de S.Paulo e Jornal do Brasil, e nas revistas Carta Capital e Veja. Ganhou alguns prêmios de jornalismo, entre eles o Prêmio Esso de Fotografia de 1992, o Grande Prêmio do Salão FINEP de Fotojornalismo de 1996, a Medalha de Excelência Gráfica da SND-Society for News Design como Editor de Fotografia pelo Correio Braziliense e o Prêmio ONU-Habitat América Latina, 2014. Nos últimos tempos, trabalhava em projetos de documentação social e ambiental. Faleceu em 8 de junho de 2022, vítima de um enfisema pulmonar. O fotógrafo vinha tratando um câncer no pulmão diagnosticado em outubro de 2021.
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