Por Roberto Garcia
E aí as mortes começam a subir?
A resposta é fácil: esconde.
E se as mortes disparam, ainda mais, além do que se podia imaginar? Esconde ainda mais e persegue quem conta a verdade.
Lembra, lá no ano passado, quando Jair Messias ficou irritado com as noticias das mortes no Jornal Nacional? Mandou deixar a divulgação das mortes para mais tarde, depois do JN? O que forçou o consórcio dos grandes jornais a fazer o seu próprio levantamento, que agora dispensa a soma diária do governo federal?
Jair não está sozinho. Tem companhia do governo de um país com população quase cinco vezes maior e é de direita: o da Índia.
Esse fez tudo o contrário do que devia fazer. De enormes comícios eleitorais, a imensas concentrações nos festivais religiosos, e a campeonatos esportivos em grandes estádios. As mortes dispararam. Acima da conta.
Lá eles queimam cadáveres. Apareceram fogueiras que não acabavam. Escondeu ainda muito mais. Mas não dá para esconder para sempre.
Agora está surgindo a contagem real. O que se vê é que o número de mortes foi dez vezes maior. Acima de 3 milhões. Podem ter passado de 4 milhões.
O governo dizia que eram pouco mais de 300 mil. Isso não é apenas governo ruim. É pior… É genocida. O tipo de governo que mata e promove matanças. Pela policia e pelas milícias. E ainda quer distribuir mais e mais armas. Para aumentar as mortes.
Quer guerra civil. Gosta da cena que se vê hoje no Iraque, na Síria. Acha que se tiver mais mortes vai poder imperar.
Por mais tempo.
Para ele isso é o céu.
Para nós é o inferno.
E tem gente que quer mais.
Roberto Garcia é jornalista.