Os pacientes internados nos leitos terceirizados da unidade de terapia intensiva (UTI) do Instituto de Infectologia Emílio Ribas (IIER), no início da pandemia de Covid-19, apresentaram o dobro do risco de morte, quando comparados ao grupo de pacientes internado na UTI própria da instituição.
É o que concluíram médicos do IIER em estudo publicado no The Brazilian Journal of Infectious Disease, no final de novembro, que apontou 30% de mortes na UTI própria e 50% na UTI terceirizada. A pesquisa também mostra que a UTI terceirizada administrou 5 vezes mais hidroxicloroquina aos pacientes, tratamento experimental sem comprovação científica.
Segundo Eder Gatti, presidente da Associação dos Médicos do IIER (AMIIER) e membro do movimento #EmilioRibasporInteiro, o que poderia explicar a maior letalidade é o fato de as equipes serem novas, muitas vezes compostas por profissionais sem a formação adequada para o tipo de assistência que é prestada e a alta rotatividade. “É uma percepção geral dos médicos do instituto que essa discrepância absurda no atendimento entre UTI própria e terceirizada persiste até hoje, dois anos após o início da pandemia, e impacta diretamente a vida dos pacientes”.
Continuamos na luta por um #EmílioRibasporInteiro. O governo do estado quer optar por uma decisão irresponsável, sem considerar os riscos à população. É comprovado: terceirizar as UTIs é aumentar o risco de morte da população. Precisamos de tratamento de qualidade! NÃO À TERCEIRIZAÇÃO!
Veja o trabalho de pesquisa elaborado pelos médicos do Emílio Ribas no link abaixo (em inglês).
https://drive.google.com/file/d/1dElqjcT7sjK3eqDRbfcKSJqTZWsaayxc/view?usp=drivesdk