Qual momento foi o mais triste: o golpe na Dilma, a prisão do Lula ou a derrota do Haddad?

Por Simão Zygband
Peguei esta postagem no facebook da companheira Cláudia Santiago, uma fervorosa militante lulista de Minas Gerais. Também participei da enquete dizendo que achava que era o conjunto da obra. Mas todos foram muitos sofridos. Acho que a derrota do Fernando Haddad era a mais previsível, portanto menos sofrida. O golpe misógeno, machista, desleal na presidenta Dilma Rousseff foi o início da tragédia que facilitou a prisão de Luiz Inácio Lula da Silva e a derrota do Haddad.
E pensar que tudo mudou a partir das escutas das conversas de Sérgio Moro realizadas pelo hacker de Araraquara, Walter Delgatti Neto, um verdadeiro herói nacional. Aquilo foi fundamental para iniciar a derrota dos fascistas, sejam eles Michel Temer, Sérgio Moro ou Jair Bolsonaro. Vamos derrotá-los nas urnas em 2 de outubro. Veja o que sentiram as mulheres, as maiores responsáveis pela liderança de Lula nas pesquisas, por ocasião destes três tristes episódios:
Cláudia Santiago – Governador Valadares (MG) – O golpe foi a porta pra desgraceira toda. Cada voto covarde e machista contra Dilma me doía na alma. Chorei demais! Prisão do Lula me derrubou. Por uns dias fiquei mal com aquilo entalado, aquele massacre. Perdi a esperança. A derrota do Haddad não foi diferente, chorei muito também porque sabia que enfrentaríamos dias terríveis. Mas hoje, analisando tudo que passamos, concluo que nós somos muito foda.

Eliane Haise – Santo André (SP) – Também chorei em todos os momentos, mas pra mim, o pior foi a prisão do Lula. Por aqui, ouvia os rojões dos inimigos desse homem que só fez bem ao país. Depois disso, entrei em depressão severa e só nesse espaço, compartilhando a revolta com todos os que tinham o mesmo sentimento, me aliviava e me encorajava a continuar. Fui na vigília, conheci amigos como o Eros Lang, a Rita De Cássia Gonçalves e o desespero foi se transformando em esperança. As notícias que chegavam do cárcere dando conta de que o nosso presidente estava forte e altivo também me fizeram ter forças para não morrer de tristeza. Tenho fé de que todo esse pesadelo será sepultado junto com a chave da cela para onde o Satanás deve ir quando sair do Planalto.

Maria do Carmo Evangelista – Fortaleza (CE) – O golpe foi uma dor sem explicações, fiquei de luto. A prisão do lula me tirou todas esperanças que me restavam, fiquei mal por muitos dias e acredito que tudo só passará quando Lula subir a rampa com a faixa de presidente. E ainda temo demais por a segurança dele.

Ruth Hackbart Conde – Canguçu (RS) – O golpe da Dilma me desiludiu da humanidade, era cada justificativa horrorosa daqueles deputados! A prisão do Lula foi muito marcante, preocupante e triste. Naquela data recebemos o diagnóstico de autismo da minha neta. Foi um golpe duplo e duro. E eu tive medo que Lula não resistisse, que morresse na prisão. A vitória do Bolsonaro me horrorizou, acordava de manhã e pensava que só podia ser um pesadelo aquele homem na presidência. E foi pior que um pesadelo, porque do pesadelo a gente acorda. Mas vai passar.

Letícia Miranda – Rio de Janeiro (RJ) – Eu chorei muito em todos. Mas passei mal, sem saber o que estava se passando (não via nada na época, nem televisão nem internet), no dia da condução e no dia do vazamento do áudio no Jornal Nacional.

Gina Girelli – Rio de Janeiro (RJ) – Chorei pela dor que, sabia, viria com força, mas nunca imaginei tamanha catástrofe atravessar uma pandemia sob domínio de gente tão má. Mas está passando, amiga. Pode ir armando o coreto e preparando aquele feijão preto, Lula tá voltando
Eliane Resende – São Paulo (SP) – Olha, a prisão do Lula me abalou. Eu achava que ele tinha que vazar, pedir asilo, viver longe de toda essa insanidade. Ainda bem que ele enfrentou!
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