Por Simão Zygband
O grupo inclui também 10 tailandeses e um filipino. Jerusalém também fez sua parte e libertou 39 prisioneiros palestinos

A Cruz Vermelha anunciou que o número de reféns libertados pelo Hamas nesta sexta-feira (24) é 24. O grupo inclui 13 israelenses, 10 tailandeses e um filipino.
Os reféns foram trazidos por representantes da Cruz Vermelha de Gaza para a Península do Sinai, no Egito, através da passagem de fronteira de Rafah, antes de voarem para a Base Aérea de Hatzerim, perto de Beersheva, no sul de Israel (no caso dos israelenses).
O Hamas libertou os reféns por volta das 16h, poucos minutos antes do início do Shabat, ao pôr do sol. Posteriormente, Jerusalém libertou 39 palestinos das prisões israelenses, conforme o acordo firmado entre Israel e Hamas.
Trata-se de uma vitória das forças que desejam soluções negociadas, como é o caso do governo brasileiro e sobretudo do esforço do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O Brasil presidiu o Conselho de Segurança da ONU através do pelo ministro Mauro Vieira das Relações Exteriores até o final de outubro.
A pressão da sociedade israelense sobre o primeiro-ministro sanguinário Benjamin Netanyahu, que realizou uma gigantesca marcha de três dias passando por várias cidades de Israel o obrigou a negociar com as lideranças do Hamas, no Catar, e deixasse temporariamente a posição genocida que, juntamente com os radicais ultradireitistas do governo sionista, pretendiam a simples eliminação dos terroristas, nem que isso ocasionasse uma calamitosa chacina de inocentes palestinos, entre eles crianças.
Há de se levar em conta que os membros do Hamas, tão extremistas e sanguinários quanto Netanyahu, foram obrigados a negociar e ceder com a libertação dos reféns. Também ficou difícil para os terroristas, mentores do bárbaro ataque à Israel, através da chacina de civis em uma rave e em kibutz, manterem posição tão extremada, como lhes é peculiar. Trata-se de confronto de dois dos piores lados do conflito, do genocida Natanyahu e dos extremistas hamalistas, que somente conseguem agir com ódio e com sangue nos olhos e nas mãos. Claro que por trás dos da guerra sanguinária existe o interesse belicista dos EUA (apoiador do estado sionista) e dos países xiitas como o Irã e o Catar, cuja única ideia é a simples eliminação dos judeus e do estado israelense.
Cessar-fogo
Num acordo separado, o Egito anunciou que negociou com sucesso a libertação de 12 reféns tailandeses que foram raptados durante o ataque do Hamas em 7 de Outubro. Bangkok acredita que 26 dos seus cidadãos foram levados para Gaza.
Um cessar-fogo de quatro dias entre Israel e a organização Hamas entrou em vigor às 7h de sexta-feira.
Como parte do acordo aprovado pelo Gabinete israelense na quarta-feira, o Hamas libertará de 12 a 13 reféns a cada dia da trégua de quatro dias. A libertação de cada 10 reféns adicionais resultará em um dia adicional de pausa no combate.
Israel deverá abster-se de usar drones de vigilância em Gaza durante seis horas todos os dias após o cessar-fogo. Também permitirá a entrada de combustível durante esse período e será aumentada a quantidade de mercadorias da ajuda humanitária.
Israel também concordou em comutar as sentenças de pelo menos 150 mulheres e adolescentes presos de segurança palestinos, ou três terroristas por cada refém libertado. Os terroristas palestinos, muitos dos quais afiliados ao Hamas, à Jihad Islâmica Palestina e à Frente Popular para a Libertação da Palestina, serão autorizados a regressar aos seus anteriores locais de residência em Jerusalém, Judeia e Samaria.
Vigília em Israel
Aproximadamente 300 pessoas estão reunidas em frente ao Museu de Arte de Tel Aviv para uma demonstração de solidariedade aos israelenses mantidos reféns em Gaza e às suas famílias.
“A felicidade com a esperada libertação dos 13 reféns se mistura com a tristeza pelos que ainda estão em cativeiro”, diz Ortal Shimon-Raz, psicólogo que trabalha regularmente como voluntário na praça, que em 24 de outubro foi renomeada pelo município como Praça dos Reféns. e Desaparecido. Shimon-Raz, 41 anos, faz parte de uma equipe de voluntários que veste uma camisa azul com as palavras “Primeiros Socorros Emocionais”.
Simão Zygband é jornalista, editor do site Construir Resistência, com passagens por jornais, TVs e assessorias de imprensa públicas e privadas. É de ascendência judaica e defensor da Paz
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