Por Beatriz Herkenhoff
E o sonho virou realidade, irei publicar o livro:
Por um Triz – Crônicas sobre a vida em tempos de pandemia.
Ele nasceu a partir da minha colaboração no site #ConstruirResistência, onde publico minhas colunas fixas: resenhas nas quartas-feiras, na página Além Muros e crônicas nas sextas, em Ciência no Front. Fui uma das primeiras, estreando em 12 de março de 2021, quatro dias após o lançamento do portal
Uma das editoras do portal, Adriana do Amaral, encaminhou os meus escritos para o editor Roberto Joaquim de Oliveira, que abraçou minha causa com entusiasmo e dedicação. Dentre as crônicas, escolhi 19 para compor o livro. Ao relê-las, percebo que existe uma lógica entre as mesmas. Montei um mosaico com ideias que cresceram, amadureceram e se complementaram.
Fui costurando e unindo as partes com uma linha forte e poderosa que expressa a esperança e a certeza de que estamos recomeçando a cada novo dia. Mesmo que às vezes tenhamos a sensação de estar no fundo do poço.
Ao escrever as cinco primeiras crônicas eu estava muito sofrida com a perda de amigos queridos, de esposas que ficaram viúvas, de uma amigo que perdeu a mãe. Muito sensibilizada com a morte de milhares (milhões) de pessoas que poderiam ter sido evitadas. Partilhei experiências em que construí mecanismos para lidar com as perdas, viver o luto e dar continuidade ao legado daqueles que não estão mais aqui,
Ampliei as reflexões agregando as mães que fazem a roda do mundo girar. As pessoas em situação de rua que nos tiram do comodismo e o encontro com a loucura que habita em nós. Inclui os desafios para as crianças na pandemia e o encontro com a nossa criança interior.
Toquei na ferida da fome no Brasil e no mundo e formas de solidariedade e compromisso. O desejo de fartura num mundo justo e o desapego para voltar a sonhar e viajar.
Tenho o privilégio de ter amigos que pensam comigo. Mergulhei no universo da dependência química com fortes e emocionantes depoimentos (anonimato preservado).
Desirée Cipriano Rabelo, jornalista amiga, contribuiu com reflexões sobre o enfrentamento das sequelas deixadas pela pandemia através da ocupação de praças e parques com atividades de lazer e arte. E, para fechar o livro, dois relatos potentes da assistente social e ex-aluna Maria Anita Brasileiro Falcão representando as mulheres negras e do casal de amigos Rodolpho e Lucimar sobre a importância do esporte na qualidade de vida de Nanda, jovem com Síndrome de Down.
Temas tão fortes e profundos pediam ilustrações. Convidei a arquiteta Heloisa Herkenhoff, uma linda talentosa e criativa aquarelista, para ilustrar o livro. A troca entre as crônicas e as aquarelas gerou um diálogo entre a escrita e os traços que culminaram num livro criado por mãos de irmãs.
Roberto Joaquim, editor, professor-doutor, jornalista e diagramador endossou o projeto com sua leitura atenta. Completou a obra com a arte da diagramação, especialista que é. A partir das observações dele, o livro simples ganhou dimensões de uma obra requintada. Quem ler, verá.
A amiga Adriana, jornalista, acompanhou-me desde a primeira crônica publicada. Partiu dela o convite inicial para que eu me tornasse uma entre os primeiros colaboradores e, assim, me tornasse frequente.
“A evolução da escrita de Beatriz, jornalisticamente falando, revela o seu olhar cidadão de observadora atenta da sociedade atual. Sobretudo, a sua capacidade de fazer conexões com a história interior e coletiva. Sem ser piegas ela comove, sem ser agressiva ela denuncia, amorosamente ela nos encanta com sua esperança de ser. Com que prazer vi nascer essa escritora e essa obra tão importante para registrar o momento atual enquanto o primor das aquarelas, com a sua leveza, fazem um contraponto à intensidade temática.”
Ao ler, você perceberá que muitas sensações e emoções brotarão a cada página virada. As imagens e as palavras nos convidam a mergulhos próprios, a novas possibilidades e horizontes mais amplos.
Solicitei à Mestre em Estudos Literários da #UFES, Celeste Faria, que é Psicóloga e Psicanalista, que escrevesse o prefácio do livro. Partilho um trecho com vocês:
“É uma imensa alegria anunciar ao grande público, amante da boa literatura, o lançamento, muito em breve, de uma obra na qual são levados em conta aspectos da condição humana, importantes para experienciar a vida de forma intensa, profunda e bem-humorada.”
Celeste continua:
“A coletânea de crônicas de Beatriz Herkenhoff é ilustrada por belíssimas aquarelas temáticas, da irmã da autora, tendo sido cada desenho inspirado e estando referido à sua respectiva crônica. Os textos ressaltam afetações e inquietações, oriundas do cotidiano de cada um de nós, propondo saídas inusitadas, sempre pautadas pelo bom humor, alegria e prospecção otimista do futuro. A autora escreve a vida, anuncia vida, lembrando ao leitor que a vida deve ser vivida aqui e agora. Suas crônicas, produzidas em momento histórico pandêmico avassalador, nos provam o quanto, sobretudo em momentos críticos, nossas virtudes, ousadias e sensibilidades, podem se tornar nossos mais importantes aliados.”
Pessoalmente, é motivo de muita alegria essa parceria com Heloisa, em um momento em que ressignificamos a vida com suas limitações e buscamos sentidos para tanta dor. O livro passou a ser meu e dela. Revelamos um pouco do nosso Eu, nos apresentamos de forma intensa, original e transparente, com nossas diferenças e semelhanças, com nossos olhares comprometidos e criativos que se enriquecem e geram novos desejos de mudança.
Encantada com as aquarelas, pedi a Heloisa que falasse sobre sua experiência:
“O mundo da aquarela é fascinante e mágico! Nunca se sabe exatamente o resultado final de uma obra iniciada: a cada minuto ela se transforma e novas decisões são tomadas. O momento de considerá-la finalizada traz também sua peculiaridade. A pandemia me mostrou que sua linguagem própria pode emocionar e provocar sensações novas em quem as vê.”
Heloisa continua:
“Cruzadas agora com as crônicas da Beatriz, farão ou não um vínculo, uma complementação e poderão até levar a outras ‘viagens’. Penso que assim é a arte: independe de nós a partir do momento que a partilhamos.”
De acordo com Nona Rostagno (professora de desenho e aquarela, pós graduada em crítica de arte na URGS-RS):
“Heloisa aproveitou a pandemia para se aprofundar na belíssima técnica da aquarela. Como arquiteta o desenho já está em suas veias, mas como aquarelista, batalhou, pesquisou, fez cursos e lives on line e conseguiu captar a essência do que é a aquarela: transparência, estudo de cor e atmosfera. Tem se saído brilhantemente e está participando de eventos culturais. Sua persistência é monástica, invejável. Sinto-me muito feliz por ver essa evolução tão rápida!!! O que me encanta em suas figuras é a expressão que consegue captar: alegria, tristeza, espanto, chateação ou raiva!!! Isto já é um dom, não dá pra ser ensinado ou aprendido!”
Nesse momento de tanta alegria, não posso me esquecer de meus leitores fieis, familiares, amigos e amigas especiais que leram e comentaram sobre minhas crônicas semanalmente e estimularam para que publicasse. Cresci muito com essas trocas, sugestões, questionamentos e relatos de suas experiências a partir de minhas crônicas.
Os feedbacks emocionaram e estimularam a seguir em frente com desprendimento e leveza. Muitos falaram sobre a forma como o meu jeito de escrever tocou suas vidas e convidou para um encontro consigo mesmo e maior solidariedade com aqueles que nada têm e comprometimento com um mundo justo e igualitário.
A você, peço que ajude a divulgar e, se possível, compre para você e para dar de presente a um amigo/a.
O lançamento será no dia do meu aniversário: 13 de dezembro de 2021.
Caso você tenha se sentido motivado, o valor para a pré-venda será de R$ 50,00 e a partir do lançamento: R$ 60,00.
A Conta para depósito:
Banco do Brasil (001).
Agência 3193-3. Conta corrente 25238-7.
CPF 48054640706.
PIX: 48054640706
Em caso de compra, favor mandar o comprovante para o meu Whatsapp 27-998305534. Mande também o seu endereço para envio do livro pelo correio.
Que eu e minha irmã Heloisa possamos fazer a diferença nesse mundo, plantar uma semente através desse livro e sentir os impactos e as riquezas geradas.
Porque a beleza da vida é viver… E é uma benção estarmos vivos!
Nota da Autora:
Na Aquarela que ilustra esse texto, Heloisa pintou um autorretrato do aniversário de seus três anos.
Beatriz Herkenhoff é doutora em serviço social pela PUC São Paulo. Professora aposentada da UFES (Universidade Federal do Espírito Santo).
Resposta de 0
Que alegria receber essa notícia da publicação do livro de Beatriz e Heloísa. Não tenho dúvidas que será um grande sucesso! Não vejo a hora de saborear sua leitura.
Parabéns!
Somente de ler a apresentação, veio uma intensa vontade de comprar, inclusive para coloca –lo na estante que tenho na sala de espera do meu consultório, como parte do tratamento das doenças, do corpo e da alma.
Parabéns 🎉
Fascinante, simplesmente fascinante. A exposição do que tem todo ser humano no seu interior e na maioria das vezes, não o expõe.
A vida está recebendo seu devido valor, na sua essência, no que tem de mais belo.
Sucesso garantido!!