Por Tião Nicomedes
Nunca as posições em campo fizeram tanto sentido…
A final da #CopaAmérica: mais surpreendente que a #Eurocopa.
De um lado do campo: Messi; do outro: Neymar.
Arena não podia ser melhor: Estádio do Maracanã. Rio de Janeiro. A cidade maravilhosa.
Pela lógica, os bairros deviam estar pintados de verde e amarelo. Desenhos no asfalto, bandeirinhas nas janelas.
Mas, em tempos de #pandemia, o cenário não podia ser diferente.
Como politizaram o vírus, assim também fizeram com o futebol.
Laterais,
Direita,
Esquerda,
Centro do campo.
Nunca fizeram tanto sentido!
Torcida dividida. Tudo tão confuso.
Fica dificil saber quem estava torcendo contra ou a favor da #SeleçãoBrasileira.
Quem diria que o país do futebol vibraria tanto com o gol adversário. Mas, convenhamos: foi um golaço. De cobertura. Gol de placa.
Dançou quem apostou no Ney ou no Lionel.
Gol de fazer alegrar aos olhos.
Di Maria quebrou a banca.
Desculpa aí, Tite. Nada contra o time.
A questão é que o país anda tão lascado que, dessa vez, bola cantada.
Nem o pão e o circo dariam jeito. De forma alguma.
Só o governo federal na sua teimosia de mula empacada foi incapaz de perceber isso.
Pensa num sujeito teimoso, marrento.
É o Bolsonaro.
O cara jogou a sua autoridade constituída pelo escanteio.
Tivesse tido pulso firme desde o começo, assumido de outra forma a condução do enfrentamento à #pandemia. Mais, não.
O presidente da Republica segue batendo no peito, afirmando ser contra as medidas de restrições. Contra o lookdown. Contra o uso de máscaras. Sendo contra o #isolamentosocial.
Ele acabou se isolando da grande maioria.
Se, antes, a ideia dos evangélicos era compará-lo ao Rei Davi, o escolhido, hoje está mais para o Rei Saul. Deposto por sua desobediência às orientações do criador.
De novo a política se fundindo com a religião.
Por falar em fusão: que chute na canela deu as Forcas Armadas.
As instituições estão literalmente na marca do pênalti.
Com direito a cartão amarelo pra geral.
Até pra o juiz.
Não, o brasileiros não torceram contra o Brasil.
E sim.
Torcemos contra o troféu.
Seria contrangedor ver o governo e os atletas erguendo a taça.
Seria constrangedor, nesse momento, celebrar a vitória tendo mais de 500 mil mortos.
Seria desrespeitar o luto dos familiares.
Seria muita falta de empatia.
Sinceramente, fosse o caso, eu aplaudiria até gol contra.
E, antes que os críticos de plantão me deem uma bicuda…
Já passou da hora. Eita. Antes do apito final:
Cartão Vermelho pra todos os políticos. Sem exceção.
Que estejam tão ou mais preocupados com as eleições do ano que vem….
Já tô até vendo Jair chamando o War.
Para contestar o resultado:
Da partida 22.
