Polícia procura Claudio Emanoel da Silva Gomes, suspeito por destruir relógio raro no Planalto

Por Cristiano Silva – no G24h

Identificado por um vizinho, e denunciado no G24h, Claudio Emanoel da Silva Gomes é o homem procurado pela polícia, suspeito pela destruição do relógio que Dom João VI trouxe ao Brasil em 1808, durante os atos terroristas do dia 8 de janeiro nos três poderes em Brasília.

Segundo a fonte, o bolsonarista foi seu vizinho na Vila Cruzeiro, tem passagem na polícia por roubo, e é considerado ‘bandido perigoso’ na cidade.

O informante disse ainda que Claudinho estaria escondido em uma fazenda no distrito de Santo Antônio do Rio Verde e que recebia R$ 150 reais por dia para comandar o QG bolsonarista no município.

Em um vídeo postado pelo 24h após as eleições, o bolsonarista aparece em um bloqueio na rodovia, de joelhos, debaixo de chuva, no meio do asfalto, tentando impedir o trânsito de caminhões.

Difícil restauração

Segundo matéria publicada pelo jornalista da Revista Fórum, Plinio Theodoro, a relíquia é de difícil restauração:

Segundo o curador dos acervos do Palácio do Planalto e do Palácio do Alvorada, Rogério Carvalho, o relógio, exposto no terceiro andar do Palácio do Planalto, pode ter sido um presente do rei da França Luís XIV ou uma compra da corte portuguesa.

A peça foi desenhada por André-Charles Boulle e fabricada pelo relojoeiro francês Balthazar Martinot no final do século 17. Ele foi restaurado em 2012, após ter sido resgatado de um depósito do governo federal.

Essa é uma das duas peças do relojoeiro francês Balthazar Martinot existentes. A outra está exposta no Palácio de Versalhes, na França, no quarto de Maria Antonieta, e tem metade do tamanho do relógio destruído.

“A caixa é feita em casco de tartaruga e essa caixa foi jogada ao chão e ficou muito quebrada. O bronze que estava aderido à parte da tartaruga desconectou-se, a escultura que encimava o relógio foi partida, o vidro foi quebrado, a caixa com a assinatura do Martinot foi desconectada e a máquina foi atirada ao chão com tanta força que um ponteiro sumiu”, disse Carvalho ao jornal Correio Braziliense.

Ele acredita que a restauração da peça seja muito difícil. “Acho pouco provável que no Brasil alguém faça. Já há movimentação de várias pessoas se oferecendo para a restauração”, opina o curador, revelando que a relojoaria suíça Piguet, uma das maiores do mundo, enviou uma carta ao Planalto se oferecendo para a missão.

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