Nelson Piquet, o ex-piloto de Fórmula 1 que virou o chofer puxa-saco do “capetão”, está novamente no topo das redes digitais – e sempre por motivos torpes, asquerosos. O jornal Estadão revelou nesta terça-feira (28) que “o ex-presidente Jair Bolsonaro contou com a ajuda de um apoiador para arrumar um lugar onde guardar suas caixas de presentes recebidas durante seu mandato, como as joias de diamantes, e que não queria entregar para a União”.
O local escolhido para esconder a muamba é conhecido como “Fazenda Piquet”, e está localizado no Lago Sul, uma das regiões mais nobres de Brasília. “O Estadão apurou ainda que tudo que foi destinado à propriedade de Nelson Piquet saiu pelas garagens privativas do Palácio do Planalto e também do Palácio da Alvorada, a residência oficial dos presidentes da República. A data inicial para envio das caixas foi registrada no dia 7 de dezembro do ano passado, quando Jair Bolsonaro começava a organizar a sua saída dos palácios, após a derrota na eleição presidencial”.
Doou R$ 501 mil e garfou R$ 6,6 milhões do covil
A investigação confirma que o fascista, que ainda engana os otários com a falsa imagem de simplório e incorruptível, tinha o objetivo de ficar com os itens de maior valor obtidos durante seu desgoverno. Apenas as joias e outros bens mais caros foram enviados para a propriedade de Nelson Piquet, “enquanto outros itens, como cartas e livros, foram despachados para o Arquivo Nacional do Rio de Janeiro e a Biblioteca Nacional do Rio. Para estes itens, portanto, o entendimento foi de que seriam bens do Estado brasileiro, enquanto as joias foram tratadas como bens pessoais”.
O ex-piloto topou esconder o contrabando – já que não foi declarado à Receita Federal – do seu amigo “fujão”. Como lembra o jornal, “Piquet é um cabo eleitoral ativo de Bolsonaro. Em novembro passado, um mês antes de alocar os presentes do então presidente, ele participou das manifestações contra a derrota de Bolsonaro na disputa à reeleição. Um vídeo do tricampeão mundial de Fórmula 1 circulou nas redes sociais onde ele dizia: ‘Vamos botar esse Lula filho de uma p* para fora’. Ao fim da gravação, um eleitor ao seu lado repetiu o lema do ex-presidente, ‘Brasil acima de tudo, Deus acima de todos’, e o ex-piloto completou dizendo ‘E o Lula lá no cemitério’, seguido de um palavrão”.
Nelson Piquet chegou a doar R$ 501 mil para a reeleição de Jair Bolsonaro, tornando-se um dos maiores doadores da frustrada campanha. Toda essa bondade não era apenas por motivos ideológicos, por suas posições reacionárias. Ela também decorria de razões mais mesquinhas, bem mais sujas. Em agosto passado, a mídia revelou que a empresa de Nelson Piquet, a Autotrac Comércio e Comunicações, recebeu um aditivo de cerca de R$ 6,6 milhões, correspondente a um contrato assinado em 2019, sem licitação, do Ministério da Agricultura do covil fascista.
Multa de R$ 5 milhões por racismo e homofobia
O ex-piloto bolsonarista vive metido em confusões. Sempre foi um fascistoide, preconceituoso e elitista. No sábado passado (25), o site Notícias da TV registrou que “a 20ª Vara Cível de Brasília condenou Nelson Piquet a pagar R$ 5 milhões para uma associação de promoção da igualdade racial e contra a discriminação da comunidade LGBTQIA+ por falas e termos racistas que ele usou para se referir a Lewis Hamilton. Em uma entrevista, de forma depreciativa, o brasileiro chamou o britânico de ‘neguinho’. Não cabe recurso”.