Pesquisa FSB/BTG
Com a desistência de André Janones (que até então tinha 2% das intenções de voto) e a conversão de indecisos e eleitores que anulariam o voto, o ex-presidente Lula cresceu 4pp e foi a 45%, enquanto o presidente Jair Bolsonaro permaneceu nos mesmos 34%.
Ao que tudo indica, os efeitos positivos da redução dos preços dos combustíveis na candidatura presidencial já ocorreram, enquanto o potencial impacto do aumento do Auxílio Brasil para R$ 600,00 ainda não chegou a alterar a intenção de voto (importante registrar que o ciclo de pagamento começou no dia 9 e vai até o dia 22 e o campo da pesquisa foi realizado entre os dias 12 e 14).
Em termos de avaliação de governo, o movimento de melhora também arrefeceu, as oscilações foram dentro da margem de erro.
Abaixo, os principais resultados:
Espontâneo
Lula 41% (antes 38%)
Bolsonaro 32% (antes 31%)
Ciro 3% (antes 3%)
Outros 2% (antes 2%)
Não voto 22% (antes 24%)
Estimulado
Lula 45% (antes 41%)
Bolsonaro 34% (antes 34%)
Ciro 8% (antes 7%)
Simone Tebet 2% (antes 3%)
Outros 4% (antes 5%)
Não voto 8% (antes 10%)
2º turno
Lula 53% (antes 51%)
Bolsonaro 38% (antes 39%)
Não voto 10% (antes 10%)
Potencial de voto
Lula 54% (antes 52%)
Bolsonaro 43% (antes 44%)
Rejeição
Lula 44% (antes 45%)
Bolsonaro 54% (antes 53%)
AVALIAÇÃO DE GOVERNO
Avaliação
Ótimo/bom: 33% (antes 33%)
Regular: 21% (antes 22%)
Ruim/Péssimo: 44% (antes 44%)
Aprovação
Aprova: 38% (antes 40%)
Desaprova: 55% (antes 54%)
Economia
Percepção geral sobre a situação atual da economia brasileira continua melhorando, mas gradativamente:
Vivendo um bom momento econômico 8% (antes 8%)
Em crise, mas começando a recuperar 35% (antes 33%)
Em crise, com dificuldade de recuperar 53% (antes 56%)
Inflação
Segue em queda, embora majoritário, o percentual do eleitorado que diz ter sofrido com a inflação nos últimos 3 meses: chegou a 85%, era 88% há duas semanas, 91% há três semanas e 97% no final de junho.
Também segue melhorando o percentual de eleitores que aposta em novos aumentos de preços nos próximos 3 meses: recuou de 44% na anterior para 40% agora, mas estava em 65% no final de junho.
Situação financeira individual
No entanto, quando perguntado sobre sua vida financeira individual, apenas 21% falam em melhora nos últimos 30 dias. *Ou seja, a percepção geral melhorou, mas boa parte do eleitor ainda não sentiu esse impacto positivo no bolso.*
34% dizem ter piorado de vida nos últimos 30 dias
44% dizem estar igual
21% dizem ter melhorado
Combustíveis
Oscilou de 63% para 64% o percentual dos que perceberam redução no preço dos combustíveis.
*Dado ter parado de aumentar pode indicar que o “efeito combustível” tenha se esgotado.*
Também parou de crescer o reconhecimento da paternidade da redução: os que reconhecem o governo como o responsável voltou ao patamar de 38% (42% na semana passada e 38% há três semanas).