Pelo direito de comer. Só que não…

Por Adriana do Amaral

Dia 16 de outubro é o #DiaMundialdaAlimentação. Um direito que tornou-se luxo.

Imagem: reprodução

Atualmente, 24,5 milhões de brasileiros reduziram a ingestão de alimentos e não tem certeza se irão se alimentar nas próximas 24 horas. De acordo com a #RedePenssan – Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional, 20 milhões entre nós ficam em jejum durante 24 horas ou mais, por falta de alimentos.

Para sobreviver com qualidade, uma pessoa adulta deve ingerir aproximadamente 2 mil calorias, Para manter-se saudável uma criança deve ingerir entre mil (até dois anos) e 1700 calorias (até seis anos). Isso, é claro, dependendo do peso, altura, atividade física etc.

Um prato médio com arroz e feijão, considerado equilibrado pela mistura ideal de carboidrato e proteína, tem, em média, 150 calorias. Haja mistura! Proteína animal, verduras, frutas etc. A dieta ideal deveria ser garantir ao menos três refeições por dia, nos padrões culturais do brasileiro: café da manhã, almoço e jantar e, segundo os nutricionistas, o mais variada e colorida possível.

O fenômeno da fome entre os brasileiros não atinge mais apenas às pessoas em vulnerabilidade, mas o brasileiro comum. Voltamos ao #MapadaFome no “país em se plantando tudo dá”. Para quem, mesmo?

A agricultura familiar ainda sustenta parte do Brasil, apenar de o agronegócio levar o lucro. O #MovimentodosSemTerra garante alimentos a 400 mil famílias assentadas e tem abastecido parte dos brasileiros tanto na produção comercial como pela generosidade das doações.

Aqueles que ainda comem não podem escolher e estão se alimentando mal. Muitas vezes recorrem aos produtos industrializados que, ao mesmo tempo podem causar desnutrição e obesidade. Afinal, é mais barato comprar um pacote de salgadinho, daqueles de marca acessível e que enchem a barriga, do que um prato feito.

Os “privilegiados”, que recebem ou ganham uma cesta-básica de alimentos, deparam-se com a falta de gás, que também virou artigo de luxo nos lares brasileiros. O drama só não é maior pela generosidade dos voluntários, que distribuem refeições nas ruas…

Sabe aquela imagem caricata do cachorro lambendo os beiços em frente da máquina de assar frango? Pois bem, hoje parte dos cidadãos brasileiro vasculham o lixo.

Sim, está osso sobreviver no Brasil, hoje.

Saudades do #Betinho, o irmão do #Henfil…

 

 

 

 

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