Por Tião Nicomedes
É isso mesmo, que você leu.
Pelo direito também de urinar. Poder lavar as mãos e beber água potável. Tomar banho e Lavar roupas.
Onde isso? Em Marte?
Não. É no Brasil. Em #São Paulo.
Alvo de reivindicações há décadas, os banheiros públicos, que tanto a #poprua vinha requerendo e atendidos, finalmente, no século XXI , em virtude da #pandemia do #coronavirus. Batizado de #VidasnoCentro, os banheiros chegaram com kit completo: sabonete, álcool em gel, lavanderia e chuveiros. P
Porém, agora, com o fim da #quarentena e dos #lookdowns, o projeto tende acabar. A #prefeitura prevê o fechamento de duas unidades: #LargodoPaissandu e #PraçadaSé. Com encerramento das atividades previsto em 16 de agosto de 2021. Outros locais também podem findar na sequencia.
Se por um lado a vacinação contra a #Covid19 chegou à população em situação de rua, ainda não alcançou a totalidade. Com exceção das pessoas que se encontram nos #centrosdeacolhida e ou frequentam, #centrosdeconvivência, boa parte de quem vive nas ruas sequer tiveram acesso à primeira dose.
Ainda faltam aberturas e orientações. Também, pouca segurança a que tiveram disponíveis, que são os locais de higienização.
É importante dize que se esses locais vierem a ser fechados ainda com a #pandemia em curso, aí sim não livraremos tão cedo do #isolamentosocial, haja visto as novas variantes, por exemplo da #Delta.
A situação é tão séria que, até uma frente parlamentar em defesa dos direitos dessa população tomaram as dores da #populaçãoemsituaçãoderua. Juntando-se aos #movimentossociais e ativistas dos #DireitosHumanos em favor da manutenção e prorrogação do programa Vidas No Centro.
Um abaixo assinado foi aberto e os munícipes podem opinar.
Se você considera água um direito fundamental, já apoia essa causa.
Convido então para que assine a carta, ajudando a pressionar a poder público pelo não fechamento da Ação Vidas no Centro!
Carta-manifesto:
Assine esta carta e nos ajude a pressionar a poder público pelo não fechamento da Ação Vidas no Centro!
O acesso a água e higiene são algumas das lutas da população em situação de rua há décadas. Tais demandas, intensificadas pela pandemia, estão sob ameaça de ficarem ainda piores. Na segunda-feira, dia 9, foi divulgado pela prefeitura da cidade de São Paulo que duas unidades da ação Vidas no Centro poderão ser fechadas no dia 16 de agosto.
Essa iniciativa, realizada em conjunto com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo, e as secretarias de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS) e de Direitos Humanos e Cidadania, começou no início de 2020, por conta da pandemia e hoje atende diariamente 4 mil pessoas. Nas estruturas, montadas em regiões-chave do centro do município, é possível tomar banho, utilizar pia, banheiro, bebedouro e lavar roupas. Com a previsão de fechamento de duas importantes estações, na Praça da Sé e no Largo do Paissandu, o número de atendimentos sofrerá uma impactante queda.
A pandemia não acabou!
As duas unidades estão sob ameaça de serem descontinuadas, sem que já exista um espaço pronto e de caráter permanente para o fornecimento dos mesmos serviços, extremamente importantes para essa população.
No final de julho, o Centro de Convivência É de Lei, em parceria com o Fórum Aberto Mundaréu da Luz e o Coletivo Paulestinos, lançou as “Cartografias do Acesso à Água” (bit.ly/acessoaagua), um levantamento dos banheiros, lavanderias e pias públicas em atividade no centro da cidade de São Paulo.
Na pesquisa, foram levantados apenas 20 banheiros públicos em funcionamento no Centro, o que, considerando o número de pessoas em situação de rua na região central da cidade, foi possível calcular que para cada banheiro público existente, há pelo menos 513 pessoas.
Esse número, já bastante insuficiente, pode aumentar ainda mais com a ameaça de fechamento da ação “Vidas no Centro”.
A luta pela garantia de direitos da população vulnerabilizada também é antiga. No fim de semana, as ações de distribuição de comida realizadas pelo Padre Júlio Lancelotti, que assim como o É de Lei, atua há muitos anos na região da Cracolândia, foi alvo de repressão policial e ataques nas redes sociais.
Nós, enquanto sociedade civil organizada e pessoas físicas que lutam pelo direito à alimentação, à água e ao acesso digno à higiene, principalmente num momento de crise sanitária, exigimos que os equipamentos não sejam fechados enquanto não houver uma alternativa imediata, permanente e sustentável.
Já assinam:
Associação Rede Rua
Casa Chama
Centro de Direitos Humanos Gaspar Garcia
Clínica de Direitos Humanos Luiz Gama
Fórum da Cidade em Defesa da Pop Rua de São Paulo
Movimento Estadual da População em Situação de Rua de São Paulo
Movimento Nacional da População de Rua
Movimento Nacional de Luta em Defesa da População em Situação de Rua
Pastoral de rua da arquidiocese de São Paulo
Para aderir a este movimento acesse o link: