Por Adriana do Amaral
Pela manutenção da vida humana: pão e vacina para todos
Talvez o principal influenciador da atualidade não seja um político, um filósofo, um artista e nem um esportista. Uma das poucas vozes que são ouvidas no Brasil – e no mundo – é de um religioso. E não estou falando do #PapaFrancisco, mas de um pároco de uma pequena Igreja de São Paulo, o padre #JulioLancellotti.
Amado e odiado, é uma voz que ecoa além muros. Tudo o que o padre Júlio fala repercute. Vira notícia, charge e até lei.
Como o que aconteceu recentemente com o projeto de lei que proíbe obstáculos em via pública, a chamada arquitetura hostil, que impede que a pessoa em situação de rua possa descansar nas calçadas, marquises e embaixo dos viadutos. Inspirado numa ação do religioso, o PL 488/21, que altera o Estatuto da Cidade (Lei 10.257/2001), foi aprovado pelo Senado Federal, em 31 de março, e será votada na Câmara Federal.
Na manhã deste domingo de Páscoa (4), padre Julio não poupou nem o ministro do Supremo Tribunal Federal, Kássio Marques Nunes. Ao criticar a reabertura dos templos em pleno agravamento da #pandemia da #Covid-19 no Brasil, ele justificou ter sido uma medida “formal e enviesada.
Para ele, testemunhar a fé não implica em se aglomerar em templos. Quanto à justificativa que teria sido uma medida “essencial para a liberdade religiosa”, alegou que essencial é a vacina. E disse: “muitos que vão aos templos testemunham o cofre”.
Afirmando não ser necessário ir aos templos, mas “viver e testemunhar Jesus”, o pároco da Igreja de São Miguel Arcanjo há muito ganhou as redes sociais, onde milhares de fieis ou admiradores assistem às missas virtualmente. Durante as cerimônias, o religioso dá verdadeiras aulas de história, sociologia, antropologia, geografia, cidadania e religião.
“Hoje o discípulo de Jesus é você”, disse o religioso instigando o ouvinte a combater a fome, a miséria. Para ele, celebrar a Páscoa durante a pandemia é manter a “resistência e a coragem”.
Vestindo uma estola presenteada pela bordadeiras de Minas Gerais, do coletivo Pontos de Luta, que tem ativistas em todo o território nacional, padre Júlio pediu que todos sejamos “pontos de luta e resiliência” no enfrentamento da #covid-19 e na manutenção da vida humana. Para isso, exigindo a vacina para todos, protegendo os mais humildes, consolando os que perderam os seus entes queridos. Além do “pão em todas as mesas”, ele pediu para que não falte oxigênio, leito, trabalho, casa, dignidade, vacina.
Entoando o canto alusivo à celebração da ressureição de Cristo, o nosso santo vivo disse que “o povo precisa se alegrar de novo”. Ressaltou que comemorar a Páscoa, hoje, é manter o compromisso com a vida de todos. Finalizando, disse que vivemos tempos de “resistência”.
Resposta de 0
Aqui é a Rita Da Silva, gostei muito do seu artigo tem
muito conteúdo de valor parabéns nota 10 gostei muito.
Gratidão pelo comentário, Rita! Seguiremos juntas num mesmo ideal: a construção de uma sociedade justa!
Adriana do Amaral. Prazer em conhecer-lhe, mais ainda comentando e elogiando as.açoes do padre Júlio Lancelote. O que representa muita dignidade, cidadania, probidade e proficiência. Que Deus a ilumine mais e mais sempre que exposer textos relevantes alusivos a ações construtivas nesta pandemia de.consequencias incalculáveis, nos.exortando a.somarmos de.um modo ou de outro,.mesmo.em orações, por um mundo melhor…Que Deus lhe ilumine…
Puxa José Ribamar, você me emocionou!
Padre Julio, como eu costumo dizer, é o nosso santo vivo.
Falar sobre ele me faz uma pessoa melhor, pois ele me inspira e me motiva.
Bom demais ter você como leitor e, agora, como amigo.
Força e coragem. Sempre construindo um mundo melhor para todos vivermos.