Por Simão Zygband
Fico imaginando como será a ceia de Natal dos patriotários em frente aos quarteis. Qual será o menu que consumirão à espera de Papai Noel nas tendas montadas para orar a Deus, combater o comunismo (sic) e acampar pedindo que forças ocultas impeçam que o tri presidente Lula suba a rampa?
Vamos combinar que precisa ser muito otário e acreditar em Papai Noel a esta altura das chamadas “condições históricas” para achar que os militares irão se aventurar a dar um golpe na Democracia e intervir para impedir a posse de Lula. Para que fariam isso?
O triste fim de um desgoverno melancólico como foi o de Jair Bolsonaro revela, com os patriotários acampados na frente dos quarteis, o quanto fez mal ao país criar alucinações coletivas através de fake news, fazendo os incautos acreditarem que banana estava comendo macaco.
Esta turma, além de outros tantos milhares de otários que não estão passando vergonha acampados como eles em frente aos quarteis, sempre acreditou numa farsa, em um mito de pés de barro, que cometeu as maiores barbaridades contra o país, mas sempre o aplaudiu tirando louco pra dançar.
Bolsonaro jamais deveria ter estado no cargo que esteve durante estes longínquos e tenebrosos quatro anos. Distribuiu fartamente dinheiro público para seus apaniguados, torrou milhões no cartão corporativo da Presidência da República, beneficiou oficiais das Forças Armadas com polpudos salários, perseguiu a todos que lhe fizeram qualquer tipo de oposição, sem contar, evidentemente, na catástrofe que foi o seu desgoverno.
É de se admirar que tantos otários caíram na sua lábia, que um elemento que jamais deveria ter sentado na cadeira presidencial, teve 57 milhões de votos. Possivelmente tomaram algum tipo de alucinógeno ou fumaram maconha estragada.
Enquanto os patriotários se condoem de ódio pela vitória histórica de Lula, em condições infinitamente inferiores, o líder deles, aquele que eles um dia chamaram de “Mito” não passará a faixa ao tri presidente e foi passar o Ano Novo no resort do amigo, Donald Trump, nos EUA, onde a ceia certamente será das mais faustosas, regada pelos melhores champagnes, whiskys e vinhos envelhecidos há anos em tonéis de carvalho.
Enquanto isso, os patriotários se lambuzarão com a papa servida nas tendas, usando os banheiros químicos imundos, esperando a chegada de Papai Noel que nunca virá.
Já vai tarde, Bolsonaro