Os 13 livros vermelhos de Lula

Por Simão Zygband

 

 

A poucos dias das eleições de 2 de outubro, que apresenta ampla vantagem do Luiz Inácio Lula da Silva em praticamente todas as pesquisas de intenção de votos, está em voga nas redes sociais uma “brincadeira” onde os eleitores do ex-presidente empilham 13 livros de capas vermelhas, como sinal de apoio e adesão à campanha da Frente Ampla, encabeçada pelo líder petista.

Lógico que é uma estratégia de marketing político virtual, voltado a um público elitizado, que demonstra não somente o seu apoio à Lula, como também um símbolo de que é necessário derrotar o projeto da extrema direita do capitão reformado que, se pudesse, empilharia livros em praça pública para queimá-los, como fizeram os nazistas durante a segunda guerra, para se livrar das literaturas que julgavam perniciosas ao pensamento hitlerista, como as obras de Karl Marx, Freud, Mao, entre outras.

Evidente que o atual ocupante da cadeira presidencial passou longe dos livros. A sua maneira de ser, chula e grosseira, quando não misógina, homofóbica, machista, sexista, racista demonstram pouca ou nenhuma afeição com as questões culturais, como o hábito da leitura ou mesmo a ida a cinemas, teatros ou museus, que teriam o transformado em um ser minimamente aceitável (o que não é o seu caso).

Lógico que o PT de hoje, apesar de trazer em sua história o vermelho e a estrela, nem de longe lembra o que era a esquerda vermelha revolucionária, como foi a que impulsionou a revolução cubana ou chinesa. Lula é, antes de mais nada, um democrata que neste momento fundamental da história do nosso país, tem a grandeza de estender as mãos a adversários históricos, como foi ao candidato a vice-presidente, o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. Ele é o arquiteto da grande vitória que se aproxima, baixando a guarda contra os seus eventuais adversários, muitos deles apoiadores do golpe contra a ex-presidenta Dilma Rousseff, que sedimentou o caminho para a prisão arbitrária e ilegal do ex-presidente, amargando 580 longíncuos dias de cárcere em Curitiba.

Com esta grandeza de espírito, Lula serve como exemplo para todos os brasileiros, inclusive eventual ala radical do PT (se é que ela ainda existe), de que o Brasil necessita de uma ampla composição para derrotar os fascistas, que não apenas rosnam, ameaçam e babam contra os seus adversários, como também exibem orgulhosos os sinais de riqueza amealhados sobre o suor dos “trouxas” dos brasileiros, que lhes proporcionam a chance de adquirir mansões, 51 delas, pagas com dinheiro vivo, de procedência duvidosa.

É só olhar como está ex-secretária Michelle Bolsonaro, conhecida popularmente como Micheque, que está cada dia mais jovem e bela, viajando para cima e para baixo com seu maquiador, Agustin Fernandez. Ela mandou confeccionar um belíssimo vestido para participar dos funerais da rainha Elizabeth II, que lhe caiu tão bem que todos pensaram se tratar ela de uma viúva em tão seleto funeral. É óbvio que toda esta formosura é para tornar o seu marido um ser “imbrochável”, como ele mesmo se orgulha de dizer.

Nada como ter um casal presidencial que torra R$ 1,5 milhões mensais no cartão corporativo da presidência, enquanto o ser que diz governar o país afirma não haver fome no Brasil e que é mentira da imprensa “esquerdista” que há famílias morando nas ruas, catando comida no lixo para se alimentar ou fazendo fila para conseguir um osso para fazer uma sopa e ter nutrientes para a alimentação, já que o preço dos alimentos tornou-se impeditivo para milhares de brasileiros.

Por sorte, este pesadelo parece estar com os dias contados. Vamos lutar para acabar com esta agonia logo no primeiro turno.

Empilhem seus livros vermelhos nas redes sociais, mas dediquem-se também a virar votos dos indecisos.

Vamos ganhar!

 

Nota do editor: o mais famoso Livro Vermelho que se tem notícia é a coletânea de citações do ex-presidente da China, Mao Tsé-Tung. Ele tinha como objetivo difundir o pensamento e educar ideologicamente para o Comunismo a sociedade chinesa. Foi organizado por Lin Piao, ministro da Defesa de Mao. O livro possui 33 capítulos que difundiram o maoismo.

A distribuição subsidiada do livro pelo governo comunista chinês fez com que O Livro Vermelho se tornasse o segundo livro mais vendido na história atrás da Bíblia, tendo aproximadamente 900 milhões de cópias impressas.

Durante a Revolução Cultural, o livro passou a ser estudado não só nas escolas mas também a sua leitura era exigida no mercado de trabalho. Em todos os setores da sociedade, como a indústria, comércio, agricultura, administração civil e, nos setores militares, eram organizadas sessões de leitura do livro durante várias horas por dia. (fonte: Wikipédia).

 

 

O presidente (sic) “imbrochável” e sua consorte

 

Michelle e seu maquiador, Agustin Fernandez
Mansão de Flávio Bolsonaro, de R$ 6 milhões, adquirida em dinheiro vivo

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