Construir Resistência
Bonde da democracia

O último bonde da democracia está passando

Por Christian Lynch

Antes de despejarem os lamentos esquerdistas sobre a coligação que o Lula armou para estas eleições, considere:

1. Não estamos em 2002.

2. Quem eletriza as massas lá fora não são Clinton e Yeltsin. São Trump e Putin.

3, O candidato não é o Serra, é Bolsonaro.

4. Partido da oposição não é PSDB, é o centrão anabolizado + militares.

5. A ideologia adversária não é liberal, é fascista e reacionária.

6. O “órgão de propaganda” adversário não é o Estadão ou PIG, é o gabinete do ódio e suas milhares de ramificações do plano micro.

7. O adversário não quer liberalizar a Constituição. Quer sabotá-la e destruí-la

8. Derrotado, o adversário não passará a faixa sorrindo e com tapinhas nas costas. Vai contestar os resultados eleitorais e estimular a guerra civil.

9. Vencedor, o adversário vai terminar de comprar tudo que no país ainda for cooptável e mudar as leis para reprimir os críticos.

Conclusão: o último bonde da democracia está passando. Métodos que pressupõem normalidade não funcionam em tempo de exceção.

Ressentimentos ou purismos devem ser deixados para trás. A eleição será a mais importante da história da República e toda ajuda para salvá-la é bem-vinda.

Christian Lynch é cientista político, jurista e historiador

 

 

 

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