Por Luis Otavio Barreto
O governador do Rio Grande do Sul saiu do armário no programa do Bial. Vi muita gente comemorando e dando os parabéns. Fui fazer uma pesquisa. O moço, que já era ‘yag’, em 2018 – porque se você não sabe, a gente nasce assim. Tem gente que pensa que a uma altura da vida a gente diz: Ah, vou beijar aquele homem ali e já volto! Não, o riscado vem desde o ventre materno ou saco paterno, enfim, como preferirem – voltemos. O moço, que já gostava de moços em 2018, coloco desta forma porque é preciso frisar! teve a audácia de votar num homofóbico juramentado!
Em 2020, em julho, há um ano, portanto, ele dizia não se arrepender! Há um ano ele era yag, como é hoje e como foi há 36 anos. Há um ano, também, já estávamos em pandemia! Há um ano contávamos 80 mil mortos e o Bolsonaro já era o Bolsonaro da pandemia e o governador, novinho, 36 anos, jovem, bonito, bem sucedido, vivo e ‘yag’ já era quem era e dizia que não se arrependia do voto.
Olha, quer saber do que mais?! Melhor seria que tivesse ficado na encolha! O armário, em certos casos, é uma coisa horrível! Mas para fazer esse papel miserável, olha, era melhor que tivesse ficado lá dentro! Não vejo qualquer motivo para fazer-lhe festa! Nem mesmo pelo fato histórico de um governador declarar sua sexualidade e ser pioneiro! Isto seria lindo, marcante, encorajador se ele não estivesse apoiando não só o genocida, mas ele apoia o homofóbico genocida!
Ele ajudou a colocar no poder o homem que legitimou o preconceito como direito de opinião, que incentiva a violência contra as minorias, que odeia os homens que amam os homens. E pior, E PIOR!!! Não se arrepende! E confessa! E CONFESSA!
Pois que calasse a boca e se trancasse no armário! Para sair falando e fazendo merda não é útil e nem serve de inspiração! Posto que sua mão tem parte na homofobia da era bolsonariana! Ele não sabe o que é andar de noite pela rua e temer as mais cruéis violências! É UM CRETINO! UM GRANDECÍSSIMO CRETINO!
Nota:
“YAG” – a palavra ao contrário, pois que o facebook resolveu censurar a palavra sem levar em consideração o contexto! Aliás, isto aqui já está mesmo é uma grande bosta!
Luis Otavio Barreto é músico pianista e professor de língua portuguesa.
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Esse é um esperado texto. À esquerda brasileira “cooptou” as minorias para chamar de sua. O movimento LGBTQIA+ cresce e ganha visibilidade. As pessoas com essas orientações , pela visão da esquerda, tem que ser esquerdistas. Só que não. Se ele fosse de algum partido de esquerda, estariam aplaudindo.
Os gays podem ser gays e terem também o direito de serem e dizerem que o são quando é se quiserem. Afinal, quem primeiro usufruiu do lucro do “pink money” foi a esquerda. Distribuam os lucros!
Nojento o seu comentário, só pode vir de alguém que não conhece e caga pela causa e somos pra vc apenas números arco-íris. Vai se f@drr!!!
Identidade e escolhas não definem caráter. O governador gaúcho mercantilizou a sua essência, de forma equivocada, torpe. Vale tudo na política? Para eles sim, para mim não. Bolsonaristas se fortalecem no desespero e são perigosos!