O escândalo nosso de cada dia

Por Simão Zygband

Não é a toa que a mídia se calou diante do novo escândalo do desgoverno miliciano. Há muito mais gente envolvida nesta “ maracutaia” que é depositar o dinheiro suado do povo em paraísos fiscais. Em geral, são pessoas que sugam o sangue do brasileiro

 

Existe uma mística de que se constrói uma “cortina de fumaça” para acobertar o mal feito de algum governante. Se cria um fato político, de forte impacto, que fará com que o outro seja esquecido pela imprensa ou pela opinião pública.

Mas no caso do governo do capitão reformado, Jair Bolsonaro, nunca se sabe o que, exatamente é a tal cortina de fumaça, tal sucessão de graves denúncias que pairam sobre a gestão de extrema direita encastelada no poder.

O Brasil parece já ter se esquecido que o desgoverno da extrema direita que infelicita a nação há mais de um ano e meio foi responsável pela morte de 600 mil brasileiros, que negligenciou (e tentou ganhar proveito) na compra de vacinas, que gastou milhões de reais na compra de medicamentos ineficazes contra a Covid-19 e tentou insistentemente empurrar  o placebo para milhões de desafortunados.

Cada dia, as denúncias são piores que a anterior. Não bastasse os filhos do capitão reformado adquirirem quase em cash (dinheiro) mansões milionárias em Brasília, que os militares estão nos principais postos do governo com salários astronômicos, que o povo faz filas gigantescas para adquirir ossos para fazer sopa, que um dos principais planos de saúde da terceira idade, a Prevent Senior, em conluio com o desgoverno, tenha receitado cloroquina para milhares de paciente idosos, ocasionando centenas de mortes (isso sem contar na diminuição do tempo de UTI, com redução de oferta de oxigênio, consideradas caras para as empresas de medicina de grupo). “Óbito também é alta”, teriam sugerido os diretores.

A novidade do dia do desgoverno do capitão reformado (encostado no Exército por incapacidade no exercício das funções da caserna) é que o seu principal e mais importante ministro, o que gere a Economia do país, tem conta em milhões de dólares em paraísos fiscais e, mais do que isso, ele mesmo opera internamente a desvalorização da moeda norte-americana no Brasil, lhe rendendo milhões de reais.  É como se o técnico de um time de futebol ganhasse dinheiro toda vez que sua equipe sofresse uma derrotada (roubei no facebook).

Claro que o ministro que, portanto, investe sua poupança no exterior por não confiar, exatamente, na política econômica que ele mesmo opera, não está sozinho nesta prática dos milionários brasileiros. Acompanham-no  nesta operação, (se não ilegal, imoral) fora de nossas fronteiras o presidente do Banco Central, os banqueiros, os operadores de saúde em grupo, os especuladores, os agiotas, e toda a espécie de “cidadão” que obtém recursos nem sempre de forma lícita.

Não é a toa que a mídia se calou diante de novo escândalo do desgoverno miliciano. Claro que os barões da mídia também tem seu rico dinheirinho aplicado lá fora. Há muito mais gente envolvida nesta maracutaia que é depositar o dinheiro suado do povo brasileiro em paraísos fiscais. Em geral, são pessoas que sugam o sangue do trabalhador e da classe média idiotizada (e não idiotizada também) nacional, para ganhar muito dinheiro com a especulação do dólar no exterior.

Ninguém supunha que passaríamos por isso.

 

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