Por Simão Zygband
É óbvio que a política e futebol se misturam e também se discutem. Confesso que sempre achei a seleção brasileira uma zebra. Poderia até ganhar a Copa do Mundo no Qatar, mas na minha opinião não era e nunca foi a favorita.
O futebol brasileiro praticamente acabou na derrota humilhante em casa para os alemães por 7×1 na Copa do Mundo no Brasil e nunca mais, depois daquela tragédia futebolística, conseguiu se reerguer. Para mim, claro, teve naquela oportunidade uma armação para prejudicar o governo de Dilma Rousseff, para contribuir com a sua deposição, mas acho que exageraram na dose.
Os comentaristas esportivos, Milly Lacombe e Walter Casagrande Jr. já vinham alertando sobre as fraquezas da seleção brasileira no Qatar. Ela se soma a uma sequencia de fracassos de equipes não europeias na competição internacional. Na última Copa, realizada na Rússia, todos os oito semifinalistas eram europeus. O que teria mudado de lá para cá, a não ser a manutenção da empáfia brasileira ainda se considerando o melhor futebol do mundo, de adversários que tremiam ao ver a camisa verde-amarela, agora enlameada pelo agonizante bolsonarismo?
A seleção brasileira de Tite possui não apenas um modo de jogar ultrapassado, como a delegação não demonstrou em momento algum atitude de quem queria ganhar uma Copa do Mundo, onde apenas uma equipe se sagra campeã. Um torneio muito difícil.
O técnico brasileiro abriu mão de levar um psicólogo profissional para assessorar o grupo. O próprio Tite se transformou no suposto operador das mentes brasileiras, com uma postura de pastor de alto ajuda. O grupo, dentro da sua arrogância, bem ao estilo de Bolsonaro cujo poder impregnou a delegação, fez o que bem entendeu durante sua participação na Copa.
O mais talentoso jogador da seleção, o atacante Neymar, capitão do time, dias antes do início da Copa, deu apoio explícito para o genocida Jair Bolsonaro, que se não rachou o grupo, criou uma antipatia junto ao torcedores. Muitos não conseguiram torcer pelo Brasil diante de posição tão asquerosa. Não é atitude de um grande atleta, de um líder, que deveria se recolher ao silêncio no momento em que o pais estava decidindo o seu futuro. Apostou no perdedor.
A partir disso se sucedeu uma série de fatores que fizeram a maionese desandar de vez e contribuíram para a desclassificação para a Croácia. O filho de Bolsonaro, o Eduardo Bananinha, literalmente deu uma banana aos fanáticos seguidores do capitão, que estupidamente, depois da derrota nas urnas, trancaram rodovias e se acantonaram no entorno dos quartéis e ele foi curtir com a esposa a Copa do Qatar. Divertia-se enquanto os patriotários tomavam chuva e viviam na lama em péssimas condições sanitárias. Para complicar, procurou se justificar fazendo um ridículo vídeo de que teria ido levar um pen drive “secreto” e confidencial às forças do Fifa (sic) mostrando os problemas do Brasil.
Os jogadores da seleção pareciam que tinham ido fazer turismo no Qatar. Seguindo o conselho estúpido de Ronaldo Nazário, o Fenômeno, prestando um tremendo desserviço ao grupo, levou parte dos jogadores, inclusive titulares, para comer um churrasco salpicado com ouro em pó. O quilo da deliciosa iguaria sai ao preço de R$ 9 mil reais. Nada seria problema se isso não ocorresse em plena Copa do Mundo, demonstrando não apenas falta de foco na competição, como falta de empatia com o sofrimento do povo brasileiro, onde 33 milhões de pessoas passam fome e muitos deles têm apenas o futebol para se alimentar de esperança.
Considero este episódio o mais lamentável e um dos responsáveis direto pela desclassificação do Brasil. O meio-campista Vinicius Junior, um bom jogador, entrou no embalo de Neymar, Ronaldão e companhia, a turminha bolsonarista, e proferiu a estúpida frase com total falta de compreensão do que significa estar em uma Copa e sair com “amigos” para saborear carne com ouro. Deslumbrado, proferiu uma frase lapidar: “não vejo nenhum o problema nisso. Nas horas de minha folga, gasto o meu dinheiro do jeito que eu quiser”.
A seleção impregnada pelo bolsonarismo, nem chegou às quartas de final. Que falta fez um profissional de Psicologia para explicar a eles e ao tosco Tite, o que significa uma Copa do Mundo. Bem ao estilo ignorante do capitão reformado e agora derrotado.
O Brasil de Bolsonaro é a pátria sem chuteiras. Até esta alegria o genocida roubou do povo, deixando-os órfãos.
Bolsonaro e Tite: não farão falta.
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