O bife de ouro no país da fome

Por Simão Zygband

O ex-jogador Ronaldo Fenômeno prestou um desserviço à seleção brasileira durante sua estada no Qatar para acompanhar a Copa do Mundo

Esteve na famosa churrascaria Nusr-Et acompanhado de alguns jogadores que estão disputando o dificílimo torneio. Entre os cortes experimentados, Ronaldo e seus convidados comeram uma carne banhada a ouro 24 quilates, avaliada em cerca de R$ 9 mil.

Desnecessário dizer que esta atitude, de ostentação excessiva, tem um efeito psicológico contrário aos interesses do escrete canarinho.

A seleção brasileira, que abriu mão da presença de um psicólogo que orientasse emocionalmente a equipe, peca exatamente pela arrogância de parte de seu elenco, sobretudo do ídolo Neymar.

É um momento impróprio para dar demonstrações de ostentação em um time cujo principal jogador adquire mais um avião por r$ 50 milhões e que dividiu a torcida por seu apoio ao genocida Bolsonaro. Ronaldo é da mesma panelinha.

“Eu confesso que quando vi os vídeos aquilo já me incomodou. O Ronaldo levou o Vinícius Júnior, e eu acho que alguns outros jogadores da seleção, para comer bife com ouro. Primeiro já acho isso aí uma palhaçada tamanho família. Desde quando ouro faz bem para você comer. Isso aí é ostentação besta. E segundo: no meio da Copa?  Ronaldo, pelo amor de Deus, não joga contra. No meio da Copa você vai tirar os jogadores para ir comer bife folhado a ouro? Que patacoada, que palhaçada”, disse o jornalista esportivo Renato Maurício Prado.

Desrespeitoso

O ex-jogador e comentarista Walter Casagrande não poupou criticas à Ronaldo. Para ele, essa ostentação foi ‘completamente desrespeitosa’.
“Hoje eu vi nos jornais que a pobreza aumentou, são 62 milhões de pessoas que não têm café da manhã, almoço e janta. E os ídolos deles, quando aparecem numa matéria, eles estão comendo bife com ouro. Eu acho isso completamente desrespeitoso, além de ostentar, além de ser no meio de uma Copa do Mundo, além de qualquer coisa”.

 

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