Por Adriana do Amaral
Há exatamente um ano, no dia 11 de março de 2020, a #OMS declarava a #pandemia mundial. Consequência da multiplicação do #coronavírus e o adoecimento pela #Covid-19. Desde então, vivemos o que foi batizado de “o novo normal”, que de normal não tem nada.
Acostumamo-nos a contar os mortos, como se cada uma das pessoas que sucumbiram ao vírus letal não representasse uma perda incomensurável multiplicando o luto e os prejuízos sociais. Na quarta-feira (10), o Brasil chorou inacreditáveis 2.286 mortes num único dia, somando 270.656 vidas perdidas num universo da mais de 11 milhões de infectados. No mundo, são 2.621.844 mortos contabilizados na véspera do aniversário da pandemia.
Neste cenário, o brasileiro foi rebaixado no ranking das economias do mundo. Figuramos agora na 12ª posição, que lista as dez maiores nações mais ricas, sendo que em 2011 estávamos inseridos entre as seis maiores potencias mundial.
Lembramos, contudo, que de acordo com o #WorldWealthReport 2020, os números de brasileiros milionários cresceu 7%, chegando a 199 mil em 2019, subindo no grupo seleto, na 18ª posição entre os países com mais riqueza privada. Uma disparidade aviltante onde a riqueza empobrece.
Enquanto alguns privilegiados podem nadar tal o personagem da Disney, Tio Patinhas, numa banheira de dinheiro, o #BancoMundial contabiliza que 10% da população mundial vive com menos de US$1,90 por dia. A pobreza também é endêmica e atinge, de acordo com a ONU, 500 milhões de cidadãos em todo o mundo.
No Brasil, vemos uma multidão sobrevivendo sem um real sequer, nas grandes e pequenas cidades. Famílias inteiras migraram para as calçadas, embaixo das pontes, viadutos e marquises.
Desvacinados
Entre a vida e a morte, convivendo com o perigo, a população brasileira espera numa fila sem fim a vacina que não chega. Nesse cenário, o #PIB nacional beira a 4.1%, sinalizando a maior queda desde 1996. Baixa que precede à crise sanitária atual e aponta tendência de recuo da economia nacional.
O desemprego cresce, atingindo 13,4 milhões de brasileiros, numa quebra de recorde negativo desde 2012. De acordo com o #IBGE, o ano de 2020 fechou com o índice assustador de 13,9% de desempregados. Os que deixaram de buscar a carteira assinada, considerados desalentados, somam 5,5 milhões de trabalhadores.
Somos mais de 211 milhões de brasileiros e sobrevivemos em meio ao epicentro da crise mundial da #Covid-19. Até o dia nove de março passado, apenas 4.13% dos brasileiros já haviam sido vacinados, totalizando 8,7 milhões de pessoas integrantes dos grupos de risco (profissionais da saúde, idosos, quilombolas, indígenas). Então, apenas 1,41% receberam as duas doses da vacina, tendo completado a imunização.
Enquanto isso, os leitos e Unidades de Terapia Intensiva dos hospitais Brasil afora não dão conta de receber doentes. O lockdown avança, e o estado mais rico do Brasil inaugura, nesta quinta-feira (11), a fase vermelha, extrapolando a gravidade.
Poderíamos listar números e mais números, todos infelizmente negativos. Os brasileiros questionam: quanto tempo ainda viverão a pandemia? Como irão apertar ainda mais o orçamento, pois a falta de recursos e de auxílios sociais também mata de fome?
No dia 14 de março, domingo próximo, completará três anos desde o assassinato de Marielle Franco e Anderson Lopes. Ainda queremos saber: quem são os culpados: Quem mandou matar? Quem matou? Não esqueceremos a noite de 14 de março de 2018.