Da Redação e site do PT
Elas foram ameaçadas por prestarem solidariedade a vereadora cassada em São Miguel do Oeste, Santa Catarina
As vereadoras Carla Ayres, Maria Tereza Capra (cassada), a deputada estadual Luciane Carminatti (do PT) e a vereadora Giovanna Mondardo (PCdoB).
Cinco parlamentares catarinenses sofreram ameaças de morte realizadas através de emails por grupos neonazistas e pediram proteção à Superintendência da Polícia Federal.
As intimidações foram recebidas pelas vereadoras cassada Maria Tereza Capra (PT), de São Miguel do Oeste, Carla Ayres (PT), de Florianópolis, Giovana Mondardo (PCdoB), de Criciúma, Ana Lucia Martins (PT), de Joinville e Marlina Oliveira, de Brusque.
Além das ameaças de morte, as vereadoras foram alvo de ataques racistas e homofóbicos, todos denunciados à Policia Civil. O processo é decorrente das manifestações da parlamentar que teve seu mandato cassado por denunciar os gestos nazistas praticados em eventos antidemocráticos no município, logo após as eleições de outubro.
Pivô do episódio de violência política e de gênero que desencadeou a onda de ameaças, a vereadora Maria Tereza Capra (PT), que teve seu mandato injustamente cassado destacou que a busca de apoio da Policia Federal é amparada pela inclusão das vereadoras no Programa de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos, Comunicadores e Ambientalistas (PPDDH) do Ministério dos Direitos Humanos.
A vereadora de Florianópolis, Carla Ayres (PT), justificou a necessidade do pedido de apoio à Polícia Federal. “Essas ameaças não são um fato isolado, embora neste caso pareça orquestrado. Ao longo dos nossos mandatos recebemos esse tipo de ataque de forma recorrente”.
Ao sair da audiência, a vereadora de Criciúma, Giovanna Mondardo (PCdoB), disse sair mais tranquila. “Saber que a Polícia Federal, dentro das suas atribuições, está acompanhando o caso, também contribui para que não nos sintamos sozinhas nesse episódio que é crítico para Santa Catarina. Cinco vereadoras ameaçadas de morte e a crescente de células neonazistas no estado nos obriga a ficar alertas”, concluiu.
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