Quando morre um indígena, perdemos parte da cultura do nosso povo…
ConstruirResistência indica à leitura da reportagem de Vanessa Ramos, publicada no #BrasildeFato
Xeramõi José Fernandes Soares, conhecido como Karai Poty, faleceu nesta sexta-feira (21), aos 80 anos, por complicações em decorrência de uma pneumonia. Importante cacique, rezador e curador do povo Guarani Mbya, foi uma das lideranças que lutou pela demarcação das terras indígenas no estado de São Paulo.
“Onde ele estava, chegavam muitas famílias e aumentava a força do povo para conquistar os territórios tradicionais e afirmar que São Paulo é Guarani. Ensinou que não basta meio ambiente, é preciso o ambiente inteiro, com matas, com bichos, com plantas, com culturas tradicionais, porque a humanidade e a preservação da natureza são mais importantes do que os interesses mercantis”, afirma Coelho, que hoje atua na Pastoral Indigenista, em parceria com o Conselho Indigenista Missionário (Cimi).
“Eu aprendi a fazer remédio com ele, o canto, a tocar mbaraka (violão) e a usar o petynguá para rezar a Nhanderu desde menino. Por isso, hoje eu estou bem, meus meninos estão bem, e não precisamos ficar só correndo atrás dos remédios dos jurua kuery (não indígena) porque nós produzimos o nosso remédio porque o nosso remédio também é sagrado. O meu aprendizado é uma alegria e farei remédios para a minha comunidade”, diz Natalício Karai, 54,
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