Milton Ribeiro, o homem que desafia a fé e a educação

Por Luis Otavio Barreto

Milton Ribeiro, um pastor, atual ministro da educação, é alguém com profundas incoerências, e isto se aplica nos dois cargos que ocupa. A coisa piora quando partimos para seu caráter, que demonstra, com máxima clareza, sua posição separatista, não condizente com os dois ambientes em que transita, ao menos em essência.

Dentro da filosofia cristã, a figura do pastor – que é aquele que cuida, que não deseja perder nenhuma ovelha, que sai em busca daquela que se extraviou e que, portanto, está a mercê dos perigos – deve ser irrepreensível, alguém dotado de amor, de mordomia (servir), de alguém instruído, de alguém que deve instruir para as coisas do bem, da justiça e para o crescimento integral de sua ovelha.

O Ministro da Educação deve possuir qualidades semelhantes: deve – ou pelo menos deveria –  ser alguém das ciências, das artes, das humanidades. Alguém com senso de justiça, de inclusão, de valorização da coisa pública, um entusiasta das pesquisas, dos estudos, um incentivador da evolução integral da gente de sua pátria. Um defensor atroz da educação para todos, um apaixonado pela educação e um provedor e promotor da evolução do homem, pela educação.

Milton Ribeiro falha em ambos os cargos, mas também falha como brasileiro, falha como ser humano, falha no cumprimento de seus ministérios; eclesiástico e magisterial. É, portanto, um embuste! Uma vergonha para estas classes, tão sofridas, tão surradas! Ao servir os intentos diabólicos e mortais de Jair Bolsonaro, Ribeiro cospe nas duas bandeiras que diz defender: a fé cristã e a educação. Seu nome e seu mau caráter mancham os ministérios a que serve, a gente que diz representar – nós brasileiros, os crentes, os professores e, sobretudo, escarnece duas instituições merecedoras de todo o respeito: a fé e a ciência.

Que as falas hediondas, que suas ações tresloucadas, que sua memória e que seus ministérios fiquem marcados por seu caráter cretino e imoral! Púlpito e Educação são coisas sérias e não admitem covardia. É bom que se prepare. Há um preço.

 

Luis Otavio Barreto é músico pianista e professor de Lingua Portuguesa.

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