Lula indicou Edinho Silva para fortalecer campanha de Massa na Argentina

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Por Simão Zygband com informações do LPO

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva indicou Edinho Silva, um dos coordenadores da sua própria campanha, para assessorar o candidato peronista e vencedor do primeiro turno nas eleições presidenciais da Argentina, Sergio Massa.

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Edinho Silva

É o que revela o jornal espanhol LPO, que confirmou, junto a fontes próximas ao presidente Lula, que o chefe da campanha que o devolveu à Presidência, Edinho Silva, se juntaria à equipe de Massa.

A entrada do brasileiro Edinho Silva na equipe de Massa foi finalizada há vinte dias, quando o ministro da Economia enviou pessoas de confiança a São Paulo para se reunirem com o estrategista. Massa acabava de se reunir com Lula em Brasília e o presidente brasileiro, que não poupou gestos de apoio ao ministro.

O catalão Gutiérrez-Rubí, o então coordenador da Campanha de Comunicação de Massa, enfrenta críticas internas porque, além de impor uma certa ordem interna, as suas propostas um tanto esquemáticas não conseguem atingir o tom que os peronistas costumam imprimir em suas campanhas.

Além de sua proximidade ideológica com o peronismo, Lula está preocupado com o impacto na relação bilateral da eventual chegada de Milei ao poder. Depois de pressionar a entrada da Argentina no Brics e receber Massa em Brasília, o presidente brasileiro entregou ao candidato peronista seu principal estrategista eleitoral.

Edinho Silva é um líder de longa data no PT, foi vereador, deputado estadual e federal, presidente do Partido dos Trabalhadores de São Paulo e secretário de Comunicação do governo Dilma Rousseff em 2015. Além disso, está no terceiro mandato como prefeito da cidade paulista de Araraquara.

Lula indicou Edinho Silva como gestor de campanha de Massa num momento de forte desordem interna e quando a sua “incontinência verbal” ameaçava inviabilizar a candidatura.

Fontes próximas a Edinho confirmaram o encontro com o pessoal de Massa em São Paulo e explicaram que vão focar nas estratégias da rede e na preparação do primeiro debate presidencial.

O diagnóstico compartilhado entre a equipe de Massa e os brasileiros é que a eleição caminhava para uma polarização extrema com Milei, semelhante à briga Lula-Bolsonaro no ano passado.
Assim, se alterou o discurso, aproveitando as qualidades de Massa como “comunicador nato” e desenhar uma estratégia de rede que possa competir com a estratégia eficaz de Milei, que tinha Fernando Cerimedo como estratega digital. Cerimedo atuou na campanha e no governo de Bolsonaro.

A equipe de Massa e os brasileiros compartilham o diagnóstico de que a eleição vai para uma polarização extrema com Milei, semelhante à de Lula contra Bolsonaro.

Massa já estava insatisfeito com sua campanha digital há algum tempo. Ele avaliava como “muito abafada e institucional” e com pouco apelo para o enorme eleitorado de jovens, que hoje se inclina para Milei. E é justamente esse o forte de Edinho Silva.

O petista revelou em entrevista exclusiva à LPO em outubro passado que quando chegou à campanha de Lula, “havia nas redes a ideia de ser melhor que o bolsonarismo, mas competir com algo que funciona desde junho de 2013 é complicado”. Tudo começou com as marchas justificadas contra o aumento dos transportes e instalou um clima de despolitização que foi aproveitado pela campanha de Aécio Neves em 2014, cresceu com o golpe contra Dilma em 2016 e acabou organizado e capitalizado por Bolsonaro em 2018.

“É um fenômeno maior que Bolsonaro mas foi capitalizado por ele. Como podemos competir com algo que está organizado há dez anos? movimentos sociais, começamos a trabalhar para que, com o que tínhamos organicamente, não concorrêssemos com perfis falsos, nem nada do tipo… e foi um sucesso porque o nosso crescimento foi muito importante e nos deu uma base orgânica forte nas redes. Nosso “produto” foi muito bom, como nosso candidato, porque o Lula em si é uma estratégia”, acrescentou na ocasião.

“Algo que as forças democráticas não entenderam bem é como os autoritários criaram essa relação orgânica com o digital. Acho que isso acontece muito porque nas redes um preconceito ou uma agressão pode ser extrapolado sem ter vínculo com a vítima do fascismo ou do machismo. é um anonimato implícito ou explícito que estabelece uma agressividade que legitima o autoritarismo”, disse Edinho naquele relatório.

Os integrantes da equipe de Edinho ficaram em Buenos Aires até a conclusão do processo eleitoral.

 

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