Por Mônica Nunes
Chorei. Com a presença do Lula no Acampamento Terra Livre, durante a fala da Sônia Guajajara (que comentou sobre Belo Monte!), quando indígenas lhe deram presentes (alguns, sagrados).
Também chorei quando ele ergueu as mãos de Sonia e da deputada federal Joenia Wapichana (única indígena a atuar no Congresso), voltado para a plateia.
Chorei durante a leitura da carta compromisso (por Célia Xakriabá e um outro indígena que não sei quem é) escrita pelos indígenas. Também quando ele a assinou com uma caneta adornada pelos indígenas Furiô. Foi presente.
Chorei quando ele ganhou a camiseta do acampamento e a vestiu. E ainda teve o cuidado de colocar pra fora os colares que tinha ganho até ali. Ganhou outros.
Chorei pela esperança e a alegria que este encontro me trouxe.
Encontro que reuniu, ainda, parlamentares de outros partidos – PSB, PSoL, Rede -, não só do PT. Além de negros, jovens, velhos, uma diversidade de brasileiros. Tava tudo junto e misturado naquele galpão, cantando “Lula”!
Agora, quero ver todos que bradaram contra a foto da aliança Lula-Alckmin – “só tem brancos” – comentarem o encontro do Lula no acampamento indigena. Dedicarem o mesmo espaço a este momento histórico. E se lembrarem que foi sob seu governo que o Ministério da Igualdade Racial foi criado.
Não sou petista, nem lulista, mas Lula é meu presidente. Não tem outro capaz de unir o povo pra reconstruir este país.
Mônica Nunes é jornalista e editora do Blog Conexão Planeta