Construir Resistência
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Indignação contra Bolsonaro fortalece manifestação do dia 29

 

Manifestantes desafiam os perigos da pandemia para mostrar indignação contra este governo que jamais deveria ter sido eleito

Da redação com informações da Rede Brasil Atual

As centrais sindicais, movimento popular, entidades estudantis e até as torcidas organizadas prometem participar de um grande protesto contra o (des)governo do genocida Jair Bolsonaro. Elas decidiram, apesar de controvérsias, desafiar os perigos da pandemia e mostrar toda a sua indignação contra este presidente que jamais deveria ter sido eleito, mesmo se utilizando de fraudes e fakes news para conquistar o poder.
Desta vez, o ato será presencial, com manifestações de rua praticamente em todas as unidades da federação, provocou receio e críticas em parte dos movimentos contrários ao governo, devido à possibilidade de exposição ao coronavírus, no momento em que a crise sanitária volta a se agravar e se fala na chegada de uma “terceira onda”. Por outro lado, vários grupos – mais de 100 organizações reunidas nas frentes Brasil Popular e Povo sem Medo – preocupam-se em apontar medidas de precaução para evitar riscos.
Até mesmo um “guia de cuidados” para quem for à manifestação circula nas redes sociais. Elaborado pelo Centro Acadêmico da Enfermagem da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar, no interior paulista), recomenda logo no início não ir caso a pessoa seja do grupo do risco ou tenha algum sintoma. Outra orientação é usar máscara o tempo todo (PFF2, de preferência), levando pelo menos uma de reserva e, se possível, mais uma para oferecer a alguém. Outras indicações são de guardar distância mínima de 1,5 metro dos outros manifestantes e lembrar a todos sobre isso. E não esquecer do álcool em gel 70º.
Além disso, as orientações incluem o retorno para casa. Primeiro, tomar banho assim que chegar em casa, lavando os cabelos. Tomar cuidado ao manusear as roupas usadas, antes de lavá-las. Higienizar objetos, como carteira e celular, e “se monitorar” durante 14 dias, se possível mantendo-se isolado.
CPI, auxílio e “fora Bolsonaro”
Com vários itens, a pauta do chamado #29M tem como palavra de ordem o “fora Bolsonaro”. Os manifestantes vão defender ainda o auxilio emergencial de R$ 600 (tema de ato organizado por centrais sindicais e movimentos em Brasília na quarta-feira) e vacinação em massa. Também devem apoiar os trabalhos da CPI da Covid no Senado. A agenda inclui protestos contra o desemprego, cortes de verbas na educação, privatizações – especialmente da Eletrobras – e a “reforma” administrativa.
Entre os que se alinharam a favor do ato de sábado, está o ator e escritor Gregorio Duvivier, que nesta semana, inclusive, escreveu artigo a respeito, publicado no jornal Folha de S.Paulo. O título: “Não podemos ter medo de ir às ruas protestar nem deixar de ter cuidado”. Quase no final, ele afirma: “Tudo o que mudou, no mundo, só mudou porque tinha muita gente no mesmo lugar, ao mesmo tempo. Esse país não é feito só de moto sem silenciador e miliciano com silenciador”.

Redes sociais

Mas quem estiver realmente impossibilitado de ir aos atos presenciais, consegue participar do #29M também alimentando as redes sociais. A ideia é fazer um cartaz de protesto e um autorretrato para postar no Instagram, Twitter ou Facebook comas hashtags #Foto29M, #FotografosPelaDemocracia e #ForaBolsonaro. O coletivo Fotógrafos pela Democracia 20 fotos com essas hashtags para compartilhar nas redes durante todo o dia 29.
Política de morte
A União Nacional dos Estudantes (UNE) aprovou convocação para a manifestação #29M, em um dia de protesto contra cortes de recursos no setor de educação. A entidade, inclusive, publicou documento listando 10 motivos para participar. “Ocuparemos as ruas, com todas as medidas sanitárias necessárias, para denunciar os ataques do governo Bolsonaro à educação pública e sua política da morte”, afirmou a vice-presidenta da UNE, Élida Elena.

O ex-ministro e ex-prefeito Fernando Haddad (PT) também defendeu o #29M, afirmando em entrevista que “o povo vai retomar, nas ruas, as rédeas do país”. Ele participou do programa Sua Excelência, o Fato, na TV 247. “Podem ter certeza que o Brasil está esperando sair às ruas com segurança. E não vai ser pequena a manifestação”, declarou. “Não estou falando apenas da próxima. Temos um ano e meio até a eleição. Este país vai tomar as ruas para virar esta página.”

Mais perigoso que o vírus

Nas redes sociais, parlamentares do Psol convocam para o #29M. “Quando o presidente é mais perigoso que o vírus, o povo precisa ir às ruas! No próximo dia 29 mostraremos nossa indignação, usando máscaras e respeitando as medidas de segurança”, afirmou, por exemplo, o deputado federal Ivan Valente (SP).
No Facebook, o Coletivo Democracia Corinthiana e Porcomunas também aderiram às manifestações. “Enquanto a pandemia avança, a crise econômica e social também aflige o povo brasileiro. Com mais da metade da população vivendo situação de insegurança alimentar, o governo insiste na cartilha neoliberal, oferecendo um auxílio emergencial insuficiente, cortando recursos da educação e habitação e avançando com a privatização dos Correios e da Eletrobras e com o desmonte do Estado através da Reforma Administrativa”, afirma o Coletivo Democracia Corintiana.

Assim, os grupos convidam as torcidas organizadas para manifestação no Museu de Arte de São Paulo, na Avenida Paulista, a partir das 16h do sábado, com a mesma ressalva: “Seguindo as normas sanitárias de distanciamento social, uso de máscara, álcool em gel”.

Nota da CUT

A Central Única dos Trabalhadores (CUT) divulgou uma nota sobre a manifestação deste sábado, convocada pela Campanha ‘Fora, Bolsonaro’, da qual a CUT também é integrante.
“Orientamos as CUTs Estaduais, Ramos e entidades filiadas que nossa mobilização deve ser organizada com todas as medidas da prevenção e cuidados sanitários possíveis, de forma que não provoquem aglomerações e exponham nossos militantes e trabalhadores e trabalhadoras das nossas entidades ao risco de contrair Covid-19.
Entendemos que a indignação e o repúdio a todos os atos desse governo genocida devem ser cada vez mais potencializados para sensibilizar a população da impossibilidade de continuidade desse governo, mas também temos a responsabilidade de não negar o momento difícil e trágico que a pandemia está causando nos lares de milhões de trabalhadores e trabalhadoras.
Defendemos desde o primeiro momento as medidas recomendadas pelos cientistas e pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para o combate ao novo coronavírus e também as políticas econômicas e sociais necessárias para a proteção da população.
Nessa luta, que se intensificou a partir de março de 2020, muito já foi feito e muito ainda deverá ser feito para que consigamos colocar um ponto final nos desmandos desse governo e em especial interromper o genocídio do povo brasileiro. Precisaremos de todos vivos para vencermos todas as batalhas que ainda serão travadas.
Sérgio Nobre – Presidente”

A palavra de quem não vai

Construir Resistência preferiu manter anônima as manifestações contrárias à ida aos atos contra Bolsonaro, pois foram postadas em grupos restritos de whatszapp.

“Atos de rua, por mais cuidado que possamos tomar, expõem a população no trem no metrô, enfim, na aglomeração inevitável a riscos desnecessário neste momento onde estamos aprendendo a lutar em outro front que é o campo da comunicação, principalmente nas redes sociais .

Chamo a atenção para que controlemos nossa ansiedade revolucionária e clamo para que nossos comandantes não levem nossos soldados a uma guerra suicida. Onde o genocídio é certo e não haverá perdedores nem ganhadores . Não devemos dividir com o Bolsonaro a responsabilidade por tantas mortes. A paciência é uma tática revolucionária em toda guerra. E neste momento em que estamos vencendo. Precisamos controlar nossa ansiedade para não colocar tudo a perder. Salvar uma vida que seja é um ato revolucionário e isto depende de nossa decisão no momento”

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“Sempre criticamos as aglomerações do genocida pseudopresidente, porquê vamos beber do seu veneno? NÃO há como ir para as ruas e obedecer as medidas sanitárias, sabemos disso, É FATO!  NÃO será o movimento do dia 29/05, que decidirá os rumos das eleições em 2022. Será a nossa sensata percepção que NÃO é o momento para aglomerar e espalhar o vírus. Os Bolsominios estão aguardando a nossa manifestação para nos criticar. Eles vão usar a nossa manifestação para tentar convencer a opinião pública que somos iguais. NÃO VEJO GANHOS POLÍTICOS NESSES ATOS. ENXERGO CRITICAS E DÚVIDAS DA POPULAÇÃO INDECISA. RESPEITO A LIBERDADE DE TODOS PROTESTAREM, MAS, DEVEMOS PENSAR NAS CONSEQUÊNCIAS”.

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“Sou contra as manifestações presenciais. Não é hora disso. Fazer igual só vai levar a mais mortes. Acho que precisa bom senso. Não ter manifestação deixa claro que somos presídios por um doido varrido. Fazer a manifestação nos iguala”.

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“Se estamos debatendo Saúde dos Trabalhador@s nesse momento de ficar em casa e se proteger. Para que propagar mais ainda a doença nesse momento critico?”.

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