Por Luiz Hespanha (foto também)
Cansado da performance que foi obrigado a fazer, o martelo utilizado numa matinê privatista do Gran Circo Vendendo SP levantou-se machucado e constrangido, olhou nos olhos do governador-leiloeiro e disparou: o Sr. usa alguma outra ferramenta dessa maneira: enxada, foice, alicate, chave de fenda, furadeira, picareta? Sou martelo, não psicanalista, psiquiatra, pai de santo, monge, clínico geral, _coach_ ou benzedor, mas tenho certeza que o senhor precisa de tratamento. O Sr. é parente do Daniel Silveira ou do Nikolas Ferreira? E, por último: essla sua performance é pra rir ou pra vaiar?
Vazaram alguns dos encontros de Bolsonaro em Orlando. Ele mantém agenda regular com _Mr. Dan Nonne_, italiano radicado em Miami que tem uma foto do Mussolini autografada quando criança. Os encontros acontecem sempre no setor de iogurtes. Outro personagem frequente é _Mr. Cookie_, especialista em biscoitos e _fake News_ no corredor de massas. _Mr. T. Bone Steak_, especialista em comércio exterior e agronegócio é outra figura carimbada nas digressões feitas no açougue.
As reuniões sempre contam com a presença de uma autoridade em política ambiental: o misterioso _Mr. Parsley_, também conhecido como Sr. Salsinha. Só quem não entende nada de geopolítica minimiza os encontros que Bolsonaro mantém com grandes líderes mundiais nos corredores, prateleiras e gôndolas dos supermercados. Só esquerdistas “marqueçistas globalistas jones manuelistas” não percebem que o _Wall Mart_ de Orlando é um dos centros da geopolítica global, local onde está sendo gestada uma nova ONU fora da nova ordem mundial. Até o Augusto Nunes, o Magnolli e o Merval sabem disso.
Vou aí em Orlando combinar uma versão e já volto. Não vai rolar mais nada, nem uma oração. Amém? Michelle diz que foi a “última” a saber das joias. Será que Bolsonaro foi o “penúltimo”?
E por falar na ungida: alguém sabe a marca do escafandro que ela comprou para submergir? É saudita?
O bolsonarismo criou o Olimpo da Mediocridade e o das Submediocridades.
Impressionante essa onda de “revitalização facial” que assola celebridades, subcelebridades, mediocridades e submediocridades. Gretchen, Marrone e até Madame Min, entre outros, fizeram. É quase um “lavou tá ôvo, digo, novo”.
Temos um novo sinônimo cruelmente eterno na insignificância e no oco do ostracismo para a palavra anonimato: ex-BBB.
Quantas divisões tem o Papa? Quantos serpentinas tem o Rei Momo? Quantas _fake News_ Regina e Damares produzem? Quantos votos teve e quem é Roberto Campos Neto?
Flávio Bolsonaro acha que seu paipai pode virar mártir se for preso. Historiadores garantem que os filhos do_Duce_ pensavam o mesmo.
A Nasa, o FBI, a CIA, o Mossad, o MI-6 e os crediários da Casas Bahia e da Magalu estão numa busca intensa. Todos querem saber os paradeiros de Paulo Guedes e Ciro Gomes.
A solidão e a falta de visibilidade têm sido grandes companheiros do Conje, da Conja, Dallagnoll e Damares no Congresso. Não será surpresa eles decidirem fazer uma performance a _la_ Nikolas Ferreira, dirigidos pelo deputado Luiz Philippe de Orleans e Bragança, aquele que sonha em virar Imperador do Brasil e quer acabar com os Tribunais Regionais do Trabalho entre outras modernidades monarquistas.
Se o advogado Cristiano Zanin for indicado pro STF teremos marreco moído na sabatina do Senado.
Depois de um mandato medíocre, derrotada na candidatura ao Senado e rejeitada pelos alunos da USP, Janaína Pascoal estreou com o eterno pé direito sua carreira rumo ao anonimato. Sucesso garantido, diria Millor.
Pela enésima vez Datena vai fingir que é candidato, para depois desistir de ser candidato. Faz tempo que eleição virou milho de galo catador de audiência.
A superexposição é também um dos atalhos mais rápidos para o anonimato.
Luiz Hespanha é jornalista, escritor, corintiano, compositor do que chamam por’raí de MPB (What is this?) e fotógrafo. Esse clique aí foi feito no Cordão do Jamelão e suas Paquitas Comunistas, bloco massa do Bixiga. Baiano de nascença, ultimamente tem se dedicado à exploração antropológica da ancestralidade-nagô de ACM Neto e suas ligações olodúnicas com o arianismo michaeljacksoniano.