Da Rede Brasil Atual
“Temos de dois a três palanques apoiando a candidatura do ex-presidente Lula”, aponta em referência a Boulos e França. “E no segundo turno podemos unir forças para derrotar o BolsoDoria”
Em entrevista à Rádio Brasil Atual nesta terça-feira (21), o ex-prefeito de São Paulo e ex-ministro da Educação Fernando Haddad (PT) afastou a possibilidade de abrir mão de sua eventual candidatura ao governo de São Paulo em 2022. Ao jornalista Glauco Faria, Haddad destacou que “o mais provável é os partidos em São Paulo terem candidato próprio, como em geral acontece aqui”.
A hipótese vem sendo levantada nos bastidores da política nacional pelo PSB. A legenda condiciona a desistência de Haddad à vaga no Palácio dos Bandeirantes em apoio ao nome de Márcio França (PSB) na disputa. Em troca, o partido aceitaria a filiação do ex-governador e aliado Geraldo Alckmin para viabilizar o “projeto vice” de Luiz Inácio Lula da Silva na candidatura à Presidência da República. Segundo aliados de França, o plano ideal para viabilizar seu nome a governador dependeria da desistência do ex-prefeito de São Paulo.
Derrotar o ‘BolsoDoria’
Pesquisa do instituto Datafolha, divulgada no sábado (18), sobre a corrida ao governo de São Paulo, revela que numa disputa com Alckmin, Haddad fica em segundo lugar com 19% contra 28% do ex-PSDB. Em outro cenário, sem o ex-governador e com o atual vice-governador Rodrigo Garcia (PSDB), o candidato do PT lidera as intenções de voto com 28%. Atrás dele, na segunda posição, aparecem Márcio França (19%) e Guilherme Boulos (Psol), com 11%.
Para Haddad, uma possível aliança entre PT e PSB na chapa presidencial não inviabiliza nenhuma das candidaturas. Ao contrário, segundo ele, mostra que “nós temos toda a condição de fazer um grande primeiro turno em São Paulo. Temos de dois a três palanques apoiando a candidatura do ex-presidente Lula”, aponta em referência a Boulos e França. “E no segundo turno podemos unir forças para derrotar o BolsoDoria aqui”. Haddad, que durante a primeira parte da entrevista não deu detalhes da composição da chapa nacional, enfatizou em diversos momentos a importância de alianças no segundo turno.
Matéria publicada originalmente no link abaixo, na Rede Brasil Atual