Por Helvídio Mattos
Um amigo mandou avisar que 19 de julho de 1953 é a data de estreia do futuro astro Gualicho.
Quem me avisou foi o Cléber Machado Ribeiro de Aguiar, que desde abril de 2020 trabalha no Banco do Brasil.
Mandou pra mim um recorte de jornal contendo uma fotografia de um jovem identificado na legenda como Gualicho.
O nome não me era estranho. Sabia que Gualicho era um famoso cavalo de corrida, o único a vencer por duas vezes seguidas o Grande Prêmio Brasil e o Grande Prêmio São Paulo, nos anos de 1952 e 1953.
Por essas e outras vitórias, Gualicho, nascido na Argentina, tinha por aqui o status de astro das pistas.
Mal sabia ele naquele tempo que estava nascendo outro Gualicho fadado a ser astro também.
Para esclarecer melhor a história, reproduzo aqui, mantendo a grafia da época, o texto do jornal que Cléber mandou.
“A novidade maior do treino de ontem, em General Severiano, foi a aparecimento de um extrema direita, de dezenove anos, mas já com toda pinta de crack feito. Manuel Santos é o seu nome e foi levado ao Botafogo pelo médio Arati que o viu jogando por um club de Petrópolis. O jovem crack entusiasmou os que estavam presentes ao treino dos alvi-negros, inclusive ao treinador Gentil Cardoso, que já providenciou junto a diretoria, a contratação de Manoel Santos. Aliás, a propósito desse nome pouco apropriado para crack de futebol, devemos informar que o rapaz, uma vez contratado, ganhará no clube o apelido de Gualicho”.
Em sua partida de estreia como profissional no jogo Botafogo 6 x 3 Bonsucesso, pelo Campeonato Carioca, Gualicho marcou três gols.
O resto, todo mundo sabe, é história.
Helvídio Mattos é jornalista nascido em São Paulo, capital. Cobriu 7 Copas do Mundo, 5 Copas Africanas e 6 Jogos Olímpicos, além de centenas de jogos do Interior. Diz que era e ainda é REPÓRTER.
Matéria publicada originalmente no link abaixo do Ultrajano
https://www.ultrajano.com.br/gualicho/