Por Veludo Carvalho
Gleisi Hoffmann manda muito. Como não é ministra, ela fica a vontade para dar os pitacos de interesse do PT e, porque não dizer, do governo.
Ela participou da escolha dos ministros, ajudou a escolher o presidente da Petrobras, defendeu que o Juscelino Filho se afastasse da direção do ministério das Comunicações, parece ter perdido nessa mas não: forçou o União Brasil assumir que está no governo. Alguns analistas entendem que ela fala pelo Lula aquilo que o Lula não pode falar. Ela peitou o Haddad na questão da desoneração dos combustíveis, ganhou parcialmente porque passaram mais de 2 meses para a medida ser adotada parcialmente.
Vai continuar mandando, vai refletir o Lula sem queimar o presidente.
Luiz Carlos Amando de Barros (Veludo Carvalho) é jornalista, advogado e galerista de arte
Nota da Redação: se há uma característica marcante na presidenta do PT Gleisi Hoffmann é sua fidelidade. Assim foi como ministra da ex-presidenta Dilma Rousseff e está sendo com o presidente Lula. Teve a grandeza de abrir mão de ser ministra do governo (era dada como certa) e preferiu ficar à frente do partido. Sem dúvida é um quadro gigante em um país que ainda tem muita dificuldade com a liderança das mulheres. Este papel de ministra informal de Lula, como bem aponta o jornalista Veludo Carvalho, lhe cai muito bem, realçando sua qualidade de inequívoca liderança.
