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Felipe Melo e o ovo da serpente do fascismo

Por Simão Zygband

O meio-campista do Palmeiras, Felipe Melo, apoiador do genocida Jair Bolsonaro é o exemplo do ovo da serpente do fascismo que amargura a história recente do país.
Na final do campeonato paulista vencido pelo São Paulo, ao cantar o hino nacional, Felipe Melo foi fotografado fazendo o sinal da “arminha”, símbolo de campanha do capitão reformado.
Como não bastasse ser o responsável direto pelo primeiro gol são-paulino, quando a bola bateu no volante fascista e adentrou a meta alvi-verde, Felipe Melo novamente mostrou a cara do fascismo e, como capitão do time, não foi pegar a taça de vice-campeão, incumbência que coube ao zagueiro paraguaio Gustavo Gómez, símbolo da garra do Palmeiras.
Ao conquistar a Copa Libertadores da América, conquistada no ano passado pelo Palmeiras, Felipe Melo, durante as comemorações, retirou o troféu das mãos de Gustavo Gomez e iniciou uma volta olímpica. Justo ele que ficou boa parte da competição contundido e “desfalcou” o time nas partidas finais, não sendo responsável direto pela conquista. Mas na hora de aparecer na foto de campeão, lá estava o fascista Felipe Melo.
Ao  fazer o sinal de “arminha” durante a entonação do hino nacional antes do jogo final do Campeonato Paulista, Felipe Melo se junta a milhares de fanáticos fascistas que no dia anterior foram saudar seu ídolo Jair Bolsonaro, que sem usar máscara, em total desrespeito às quase 500 mil vítimas da Covid-19, participou de aglomeração no Rio de Janeiro em ato, convocado por aliados e apoiadores, de uma “motociata”, puxada por centenas de motociclistas que percorreu diversos bairros da cidade.
Bolsonaro fez um discurso de pouco mais de cinco minutos para os apoiadores. Ao lado dele no palanque, também sem usar máscara, estava o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, que na última semana atuou para blindar Bolsonaro de responsabilidade pelas falhas do país no combate à pandemia em seus dois dias de depoimento na CPI da Covid.
Em seu discurso, o genocida, responsável direto por milhares de mortes, elogiou os valores conservadores. “Temos que agradecer à nossa direita, àqueles que defendem a família, a Pátria e que têm Deus no coração – afirmou – Podem ter certeza, nós vamos sim cada vez mais fazendo com que as pessoas eleitas por vocês façam melhor. Sei da enorme responsabilidade que eu tenho, mas sei do povo maravilhoso que me apoia”.
Os fascistas brasileiros tentam assim, com uma manifestação com visibilidade, mostrar à população brasileira que o (des)governo Bolsonaro resiste, apesar das últimas pesquisas eleitorais mostrar a disparada do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que venceria o genocida ainda no primeiro turno nas eleições de 2022. A gestão fascista também mostra grande rejeição por parte dos brasileiros, que não aguentam mais o cinismo do atual mandatário no enfrentamento da pior crise econômica, moral e política que o país já enfrentou.
Boa parte da torcida palmeirense quer a saída de Felipe Melo pois, dentro de campo, é o retrato fiel do seu “mito”. Apresenta um futebol questionável, que sempre coloca em risco a defesa palmeirense , mas que na hora de comemorar o título, se coloca como grande liderança do grupo. No entanto, se recusa, como capitão da equipe, a receber o troféu de vice-campeão.
Veja o que alguns torcedores falaram sobre o capitão do Palmeiras:

Joaquim de Carvalho, jornalista:
“O que esse cara (Felipe Melo) ainda faz no Palmeiras? Devia estar passeando de moto com os fascistas no Rio de Janeiro. Assim o Palmeiras não tomaria aquele gol. Capitão do time no início do jogo, nem quis receber a taça de vice, tarefa que coube ao gigante paraguaio Gustavo Gomes, este sim guerreiro e honrado”.

Michel Gherman, professor universitário da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
“Não chamo mais ninguém de bolsonarista. A partir de hoje, os chamo somente de fascistas ou nazistas. Chamar o fenômeno pelo nome é parte da luta. O jogador do Palmeiras que fez o símbolo de arminha, assim, não deve mais ser tratado como “bolsonarista”, é fascista. Pro protocolo”.

#forabolsonaro e #forafelipemelo

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