Construir Resistência
Sahy manifestação

Desabrigados fazem manifestação contra falta de apoio em São Sebastião

Da Redação com informações da Tamoio News
Não foi Tragédia, foi crime! Com essas palavras a população da Costa Sul de São Sebastião realizou manifestação na manhã deste sábado (11), na Vila do Sahy.
Eles protestam contra a demora da prefeitura de São Sebastião e do governo do Estado em providenciar moradias. O presidente Lula visitou a área atingida e liberou r$ 210 milhões para o início da reconstrução.
Eles são vitimas da maior tragédia ocorrida na região, no dia 19 de fevereiro, onde morreram 64 pessoas e deixou centenas de desabrigados.
As fortes chuvas de mais de 600 mm, destruíram residências, arrastaram carros e engoliram rodovias, deixando para trás um rastro de destruição.
Os moradores da Vila Sahy, um dos bairros mais atingidos, onde houve o maior número de mortes, organizaram uma manifestação para alertar a sociedade da morosidade das providências.
O  objetivo da manifestação é dar visibilidade como a falta de participação da população nas decisões do governo, a morosidade na assistência por parte da prefeitura e, sobretudo, falta de transparência na prestação de contas do uso dos recursos recebido em doação.
Falta apoio nas não faltou presença da polícia
Segundo Camilo Terra, coordenador do Coletivo Caiçara, os populares não aceitam que foi apenas uma tragédia por conta das chuvas. “é um crime causado pela especulação imobiliária, pela ganância.”
A moradora de Juquehy, Carolinny Barros, se viu obrigada a retornar para o local com o marido e a filha bebê, pois não encontram vagas em abrigos ou pousadas. “Queremos uma resposta da prefeitura sobre o que eles vão fazer com as famílias que estão em área de risco. Estou eu, meu esposo e minha filha de 1 ano e 4 meses, voltando para casa com insegurança, depois que aconteceu”, alegou ela.
Para o governo municipal, as medidas emergenciais foram tomadas. Após a tragédia, a população desabrigada foi acolhida em abrigos e estão sendo distribuídas entre hotéis e pousadas da região.

Leia um trecho do manifesto:

Chegou a hora do povo falar e decidir!
“A população que perde suas casas, ou que estão em áreas de risco, tem que se unir para exigir sua participação nas decisões de governo que serão tomadas sobre seu futuro.
Todos estão tendo a devida assistência da prefeitura? Todos já têm a garantia de como serão tratados de agora até a entrega das casas?
Você conhece os terrenos apontados pela prefeitura para ser o local das casas?
Essa reunião vai acontecer para ouvir e unir todos os atingidos e para cobrar nossos direitos da prefeitura, governo do estado e governo federal. O povo tem que exigir habitação segura e sem risco, exigir direito à moradia e uma vida digna.
Chegou a hora do povo exigir que o dinheiro público seja usado em seu favor…
Se o povo fosse ouvido e pudesse decidir, ninguém teria morrido nem perdido sua casa.
Por isso, pela dignidade da população trabalhadora e pelo futuro das nossas crianças, vamos nos reunir para que a comunidade fale o que está sentindo e diga o que acha que deve ser feito.
Sem luta não há direitos, sem luta não há vitória.
Viva o povo unido”

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