De limpinhos, cheirosos, ataúdes e ex-comunistas

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Por Luiz Hespanha

Eliane Cantanhede publicou artigo no Estadão onde diz que que militares temeriam tumultos nas ruas se Lula perdesse eleições. Vi esse filme num verão limpinho e cheiroso passado. O título era: “A febre amarela vai matar milhões no governo Lula”. Comédia excelente, vale a pena rir de novo.

Lula 3º, digo a caminho do terceiro mandato, disse que Alckmin vale uma missa. A porção Opus Dei do Geraldo de Pinda assegura que ele vale bem mais. A adaptação da frase atribuída a Henrique IV sobre Paris me levou a pensar sobre Michel Temer e sua cara de acionista majoritário de uma rede nacional de funerárias: quantos ataúdes Michel vale?

O desmoronamento nas obras da Linha 6 do metrô de SP era tudo que João Dória e seu candidato ao governo do Estado, Rodrigo Garcia, precisavam para decolar rumo ao fundo do poço das pesquisas. Agora nem a Simone Tebet ou André Janones, querem o Dória de vice. Desistam, Dória não desistirá. Não é uma questão de fé ou de esperança. É de espelho mesmo.

Quantas divisões têm Márcio França? França é menor politicamente que Alckmin, que não ficará sob seu comando se for para PSB. França não tem o poder que imagina ter no PSB, muito menos no partido dos outros, como o PSD de Kassab. Quantas divisões e partidos França têm?

Alguém duvida que o PT tem tudo a ver com a fakeada no Bolsonaro? Eu tenho certeza que o atentado foi coisa feita pelo bisneto do Lula em conluio com o neto do Haddad que ainda não nasceu.

O radicalismo seiscentista dos editoriais do Estadão tem chocado a Corte e os militares. O Conde d’Eu, a Princesa Isabel e os barões de Mauá e de Cotegipe cancelaram as assinaturas. Há quem garanta que o Duque de Caxias e o Almirante Tamandaré também já não leem mais o vetusto.

O encontro de Putin com Bolsonaro é um dos encontros mais insólitos da história da diplomacia mundial. O visitante finge que tem algo a dizer e o visitado faz de conta que ouviu o que não foi dito.

Perguntinha que não para de gritar “Banzai” entres espíritas de esquerda e de direita: seria Kim Kataguiri a reencarnação de um piloto kamikaze japonês, do Almirante Yamamoto ou do próprio Imperador Hiroíto?

Luciano Huck queria ser presidente. Acabou substituindo o Faustão na Globo. Pesquisa do Instituto Orbis mostra que a maioria dos entrevistados quer Huck fora do Domingão. Baita injustiça com o criador da “Tiazinha” e da “Feiticeira”, pioneiras como influencers do feminismo que ilumina o pensamento das bravas lutadoras das mansões de Angra dos Reis e ilhas vizinhas e até de Pipa, no litoral do Rio Grande do Norte.

Tem esquerdista tão envolvido com o bigbrodismo-leninista-trotskista-identitarista-endemolista-orwelliano-globalista que já não tem dúvida que o Boninho tem formação televisiva na Patrice Lumumba de Moscou, na Escuela de Cinema das Américas em Havana, doutorado na BBC e na CCTV, a Televisão Central da China. Há que garanta que Boninho é filiado à V Internacional de Curicica.

Roberto Freire disse que seria um absurdo considerá-lo criminoso por ter sido comunista. É um absurdo considerar alguém criminoso pelo fato de ser comunista. Tão absurdo quanto acreditar que algum dia Roberto Freire tenha sido comunista.

Luiz Hespanha

Luiz Hespanha é torcedor daquele time que tem dez Copinhas e dois mundiais e é, também, jornalista, escritor e compositor de música popular. É autor de “O Livro das Verdades Inúteis” e “Breves Memórias da Terra-do-Já-Teve”, disponíveis na amazon.com.br. Suas canções estão Youtube. A foto intitulada “Fartura” é, também, do autor do texto e foi feita na rua Domingos de Morais, próximo ao metrô Ana Rosa/SP.

Nota da redação: o Conselho Editorial de Construir Resistência não se responsabiliza pelo conteúdo das matérias e tampouco pelo currículo apresentado pelo autor

 

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