Por Moisés Mendes
Sai hoje à tarde a sentença contra Cristina Kirchner, que pode ser condenada a oito anos de prisão por juízes envolvidos em articulações com a direita argentina, incluindo o jornal Clarín e o ex-presidente e mafioso Maurício Macri.
O jornal Página 12 desmontou a farsa (apenas mais uma vez) ao ter acesso a conversas entre participantes de um encontro secreto de juízes na Patagônia.
Todos ligados a Macri e todos envolvidos em processos contra Cristina ou contra o próprio Macri.
Nas conversas, eles tentam destruir provas de que o encontro aconteceu, em outubro, na casa de um milionário.
São citados os juízes Julián Ercolini, Pablo Cayssials e Pablo Yadarola. Participaram da reunião ou da troca de conversas ex-agentes da inteligência no governo Macri, empresários e promotores.
Julián Ercolini (foto) é um dos juízes que definirão a sentença contra Cristina hoje à tarde. Executivos do Clarín estariam no grupo da viagem secreta.
Essa turma pode condenar Cristina e fazer lá o que Sergio Moro e seu grupo de Curitiba fizeram aqui com Lula. O objetivo é tirar Cristina da eleição do ano que vem.
Uma quadrilha articulada pela direita (que agora é parte da extrema direita) quer levar Cristina para a cadeia em processos sem provas sobre corrupção, em casos de até 15 anos atrás.
Há tensão em Buenos Aires à espera da sentença.
Moisés Mendes é jornalista em Porto Alegre, autor de “Todos querem ser Mujica”. Texto publicado no Blog dele.
