Por Simão Zygband
É indiscutível que hoje todos vivemos dois mundos distintos, o virtual e o real, que muitas vezes acabam se misturando. São as mudanças que foram ocorrendo com grande velocidade na vida das pessoas.
Impossível pensar a existência nos dias de hoje sem a presença de um celular ou de um notebook. Estes aparelhos mudaram a vida. Nele estão incluídos principalmente os computadores, os jornais, as TVs, os vídeos do cotidiano, o romance e o trabalho à distância, enfim, uma infinidade de questões impensáveis há pouco mais de 20 anos atrás. Quase tudo cabe dentro da internet, exceto o contato com o mar ou com a natureza verde, estes insubstituíveis, E agora ainda surge a Inteligência Artificial (IA) para tornar cada vez mais humana a máquina.
Isso afetou diretamente o meu mercado de trabalho, o jornalismo, profissão que exerço há mais de 40 anos, inclusive com carteira de trabalho (hoje uma peça de museu). Tive que me reinventar, como dizem os neoliberais. Onde antigamente existiam redações com 100, 200 jornalistas, hoje o mesmo serviço é realizado por 10, 20 jovens. Todos eles já nasceram dentro do computador. Fazem videozinhos com bastante qualidade. E isso já é mais do que suficiente na linguagem moderna. Muitas vezes, é verdade, ainda pecam no texto. Mas isso logo acabará com a tal IA.
Já com uma certa dificuldade de trabalho (pela idade e por ser considerado um dinossauro “obsoleto”), decidi criar um veículo próprio, um site de notícias que considero importantes, de lavra própria ou de terceiros, para ao menos treinar o exercício do jornalismo moderno. Assim nasceu o Construir Resistência, uma experiência “saborosa”. Ele nasceu junto com um público que criei artificialmente, um mailing próprio de contatos que acumulei durante vários anos. Dispõem de cerca de 700 nomes (whatszapp). Também transita na minha página de facebook, com cerca de 5 mil “amigxs”.
Resumo da ópera. O site nasceu para ajudar a eleger o presidente Lula, deu sua modesta contribuição, e com isso atingiu a significativa marca de mais de 1 milhão de visualizações, cerca de umas mil por dia nos pouco mais de 2 anos de existência. Este tráfego de leitores (o Construir Resistencia ainda não produz vídeos) chamou a atenção de uma Big Tech, a poderosa Google que, através da agência que me atende, a Nova Digital, do Rio de Janeiro, conseguiu implantar um sistema de anúncios virtuais conhecido por Google Adsense. Tudo o que posto no site também é aferido por um instrumento denominado Google Analytics.
Desta forma, eu um jornalista analógico, que entrou no jornalismo vendo os jornais sendo impressos no chumbo (montados na linotipia), tornou-se um escravo desta Big Tech de nome Google. Não tenho nenhuma decisão sobre os anúncios que aparecem nas páginas do Construir Resistência. Também não tenho nenhum controle sobre a remuneração (monetização) do que é anunciado. Em geral pagam uma tremenda mixaria, a critério deles, descartando, por exemplo, os acessos obtidos por intermédio do Facebook ou Instagran, provenientes da concorrente deles, a Meta.
Apesar do sucesso editorial do Construir Resistência, com mais de 1 milhão de visualizações, nem os gastos consigo pagar com o Google Adsense, quando muito em torno de 100 reais por mês, pagos após longínquos 5 meses (tenho que juntar 100 dólares para poder receber algum).
Traduzindo: sou praticamente um escravo que trabalha quase de graça para a Google.
Logo não pagará nem um Big Mack.
Sinto-me como o entregador do Ifood, vítima da mesma lógica, da venda perversa da força precarizada (quase escrava) de trabalho.
É PRECISO AJUDAR O CONSTRUIR RESISTÊNCIA!
PIX para Simão Félix Zygband no 11 997268051
OU CLICANDO E OBSERVANDO OS ANÚNCIOS QUE APARECEM NA PÁGINA (MENOS EFETIVO).
QUALQUER FORMA DE CONTRIBUIÇÃO É BEM VINDA.
www.construirresistencia.com.br. ✊