Construir Resistência
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CEPA-CEP-BRASIL 

 

Tião Nicomedes

 

Sabe aquela sensação de que o “portal” 2020 não fechou. Ainda?

Segue 2021, e a #quarentena que nunca acaba… É devastador.

O inimigo invisível, o #coronavirus, vai dizimando a humanidade. 

O vírus que causa a #Covid19 vai se modificando, mutando, driblando a cobertura das vacinas desenvolvidas em tempo recorde. 

Já as medidas de enfrentamento são um festival de contradições, pois a pandemia foi politizada. 

Tal modo. Que virou bagunça. 

Os governantes não se entendem. Negociação tripartite, num combate municípios x estado x governo federal.

Cá defende isolamento social, lá recomenda a superexposição como forma de alcançar a imunidade “por rebanho”.

O lookdown gera protestos e adesões enquanto, na capital federal, políticos festejam.

Vale tudo na balada dos deputados: vinho, champanha, canapés, caviar?  No baile funk, autoridades descendo até o chão, esfregando as nádegas na cara do eleitor.

O presidente do Brasil? Ah, Jair Bolsonaro prefere o prato especial, leitão na brasa, como espetando oposições. Faltou apenas assar o povo no espeto.

Sem mi mi mi, arrota. 

Afinal, o Auxilio Emergencial não. Aposentadoria não.  

Vossas excelências não entendem ou parece não querer entender que há emergência em se tratando da fome.

Há despatriados na mãe gentil do gigante adormecido. 

Seguem com reintegrações de posse, despejando gente na calcada. 

A população em situação de rua aumenta a cada dia!

O semáforo da ciência vai mudando conforme sinalizam as politicagens. 

E soca multa pimenta no olho da gente.

Enquanto isso a morte bate recordes.

Tião NicomedesSebastião Nicomedes de Oliveira é o “poeta das ruas”. Autor da peça teatral Diário de um Carroceiro e do livro As Marvadas é artista popular. Ex-catador e ex-morador em situação de rua, oncorreu ao cargo de vereador na cidade de São Paulo, em 2020, para defender o Povo da Rua.

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