Por Simão Zygband
O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) almoçaram na sede da prefeitura nesta segunda-feira (7). Ventilaram que o tema do encontro é a cracolândia, mas todo mundo sabe que isso é conversa para boi dormir.
Não é segredo para ninguém que a aliança do PT com o PSOL (leia mais em https://l1nq.com/fD4BE), que deverá ser engrossada pelo PCdoB, PSB e PDT em apoio à candidatura a prefeito do deputado federal Guilherme Boulos deixou a fascistada de cabelos em pé. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro Fernando Haddad, respectivamente para a presidência e governo do Estado, já haviam sido os mais votados na cidade de São Paulo nas eleições de 2022.
Se reproduzida a Frente Ampla na Capital, que elegeu Lula em nível nacional, dificilmente o psolista deverá perder as eleições e vai colocar fim a uma hegemonia que a direita tem na cidade desde a eleição de João Doria para prefeito.
Doria conseguiu não apenas arrebentar o seu próprio partido, o PSDB, como limitou as condições de vitória em São Paulo. Há de se levar em conta também a péssima administração de Ricardo Nunes que nunca se elegeu pelas urnas (foi herdeiro da cidade com a morte de Bruno Covas de quem era vice). Junto com o execrável Tarcísio, tem colocado os pés pelas mãos na questão da Cracolândia, um calcanhar de Aquiles para gestões de direita, tão insensíveis para este drama social.
Bolsonaro era o que faltava nesta união nefasta de trogloditas. Devem estar discutindo quem é que vai bancar a empreitada da candidatura da direita contra a centro-esquerda. Os três se merecem. No poder, sempre prestaram um desserviço à população, sobretudo os mais pobres.
Boulos com o PT
O pré-candidato Guilherme Boulos, que encabeçará a Frente de Esquerda (e possivelmente a Frente Ampla) se reuniu hoje com a Bancada do PT e com o presidente do PT municipal, Laércio Ribeiro, na Câmara Municipal paulista. O encontro acontece logo depois de que o psolista foi lançado oficialmente como candidato das Oposições ao prefeito Ricardo Nunes e serve para aparar eventuais arestas, já que parte destes vereadores defendia a tese de que o partido do presidente Lula deveria lançar um candidato próprio. A legenda deverá indicar uma candidata para vice. Circulam os nomes de Ana Estela Haddad e da deputada federal Juliana Cardoso.
Simão Zygband é jornalista profissional desde 1979. Trabalhou em TVs, rádios e jornais de São Paulo, onde foi respectivamente pauteiro, repórter e redator. Foi funcionário das TVs Bandeirantes, SBT, Gazeta, Record e dos jornais Notícias Populares, Diário Popular, Diário do Grande ABC , Diário do Comércio, entre outros. Foi coordenador de Comunicação no Sindicato dos Jornalistas de São Paulo (onde editou o Jornal Unidade) e redator do jornal Plataforma do Sindicato dos Metroviários de São Paulo. Também fez assessoria de comunicação em campanhas eleitorais e mandatos parlamentares. Trabalhou na Comunicação de Secretaria Municipal de Transporte de São Paulo. Foi diretor da Rádio e TV Educativa do Paraná e Secretário Municipal de Comunicação da prefeitura de Jacareí, São Paulo.
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