A questão central é que hoje precisamos impor uma derrota ao fascismo nas eleições
Por Tarso Genro
Os caminhos presidenciais para um terceiro mandato de Lula estão se abrindo, não porque Lula seja um “radical”, mas porque é um autêntico democrata e republicano, que trabalha as suas ideias sem perspectivas de ruptura com o sistema capitalista. Se ele defendesse um projeto socialista, com o imaginário criado inclusive dentro das classes trabalhadoras sobre este tema, ele não teria chance. O ideário socialista de Lula é um projeto de regulação permanente do sistema, de tal forma que todas as pessoas possam ter três refeições por dia, estudar e educar-se, ter uma moradia decente e viver numa comunidade baseada na solidariedade e no respeito à humanidade de cada um.
Não interessa se eu e você entendemos que isso seja possível, o que interessa é que este programa “estratégico” – que Lula repete a cada momento – se opõe de forma clara ao ultraliberalismo e ao fascismo, que são os nossos problemas concretos e urgentes. Nas suas relações com os trabalhadores tradicionais, os excluídos e os pobres, Lula é visto majoritariamente como um líder fiel às suas origens, que sabe enfrentar as “elites” para defender os direitos fundamentais dos “de baixo”, dentro de um sistema que é predominantemente hostil a estes direitos.
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Tarso Genro foi governador do Estado do Rio Grande do Sul, prefeito de Porto Alegre, ministro da Justiça, ministro da Educação e ministro das Relações Institucionais do Brasil.
Artigo publicado originalmente no Portal Sul21, seção Opinião, em 5/1/2022.