Por Alfredo Herkenhoff
Bolsonaro, prestes a virar réu, precisa ter o mais amplo direito de defesa, precisa ter tudo o que Lula não teve com a orcrim de Moro. Bolsonaro vai ser julgado em meio a provas e a advogados de defesa e acusação. O processo vai mostrar aos bolsonaristas que Bolsonaro é o contrário do que eles imaginaram que fosse.
Mas serão presos ou calados, rapidamente, nos próximos dias ou meses, esses insufladores, que incluem vários bolsonaristas que vivem nos EUA ou estão fugindo para a Flórida, e vários congressistas que, desde outubro, estão tentando aprovar PLs, projetos de lei de anistia para crimes políticos como fechamento de rodovias, acampamentos para pedir golpe das FFAA diante dos quarteis e campanha midiática em rádios e canais da internet com denúncias mentirosas de que as urnas eletrônicas não refletem os nossos votos.
Os 27 governadores eleitos estão contra Bolsonaro.
Biden, Putin, Xi Jinping, Orban e até Giuliana Meloni estão contra Bolsonaro. Isso não significa que Hungria, Roma e Washington estejam a favor de Lula.
A prisão de Bolsonaro talvez nem ocorra porque talvez ele morra antes de câncer no intestino ou na alma. Mas ele deve ter o julgamento com amplo direito de defesa para que os seus últimos apoiadores possam ter tempo de chorar, de se arrepender e de se envergonhar pelo apoio dado a um crápula de tão grande malignidade moral, ética e religiosa.
Bolsonaro conseguiu fazer a Bandeira do Brasil virar piada. Conspurcou os símbolos da nacionalidade. Talvez o maluco seja declarado um novo Adélio, um inimputável, Mas seus filhos numerados, não. Irão em cana braba.
E os velhinhos e as louras de farmácia que cantaram o Marcha Soldado Cabeça de Papel, invocaram ETs, oraram, aqueles hinos para pneus e muro da lamentação diante de quarteis, enfim, esses vão naturalmente esquecer o sonho de verão.
A História talvez vá dizer que Bolsonaro não foi pior do que Hitler… e que também não foi melhor do que Mussolini.
Mas isso não quer dizer que a crise acabou, que Bolsonaro já perdeu como perderam o Fuhrer e il Duce. O neofascismo tropical ainda é uma ameaça, uma praga. Bolsonaro parece um piolho, um vírus, uma doença, uma falta de memória, uma tristeza de muita gente que troca a tristeza por uma falsa saudade.
Patriotas no Brasil de Bolsonaro viraram sinônimo de Criminosos. Alguns terão o benefício da demência mental, da lavagem cerebral. Alguns são do mal mesmo, racistas, escravagistas, dolosos. Outros são como patriotas embriagados. E seus crimes são culposos, não intencionais. Estes bolsonaristas de crimes culposos pensam que estão do lado do bem e que estão lutando contra comunistas, infiéis, corruptos, petistas, ateus e católicos que seguem a diretriz do Papa Francisco.
A loucura é tão grande que bolsonaristas católicos andaram vandalizando a cerimônia da missa em várias igrejas Brasil afora. Enlouquecidos pelas verdades dos zapps andaram interrompendo homilias, ofendendo padres como se estes fossem comunistas a favor de Lula e da Coreia do Norte.
Eles gritavam Selva, um grito de soldados. Mas a verdade é que são vítimas de uma distopia, um colapso cognitivo coletio. Seita. Quem ainda defende Bolsonaro se parece com quem defendia Aécio em 2014.
Logo, logo, esses loucos vão se acalmar e esquecer a vertigem tentando não morrer de vergonha.
, precisa ter tudo o que Lula não teve com a orcrim de Moro. Bolsonaro vai ser julgado em meio a provas e a advogados de defesa e acusação. O processo vai mostrar aos bolsonaristas que Bolsonaro é o contrário do que eles imaginaram que fosse.
Mas serão presos ou calados, rapidamente, nos próximos dias ou meses, esses insufladores, que incluem vários bolsonaristas que vivem nos EUA ou estão fugindo para a Flórida, e vários congressistas que, desde outubro, estão tentando aprovar PLs, projetos de lei de anistia para crimes políticos como fechamento de rodovias, acampamentos para pedir golpe das FFAA diante dos quarteis e campanha midiática em rádios e canais da internet com denúncias mentirosas de que as urnas eletrônicas não refletem os nossos votos.
Os 27 governadores eleitos estão contra Bolsonaro.
Biden, Putin, Xi Jinping, Orban e até Giuliana Meloni estão contra Bolsonaro. Isso não significa que Hungria, Roma e Washington estejam a favor de Lula.
A prisão de Bolsonaro talvez nem ocorra porque talvez ele morra antes de câncer no intestino ou na alma. Mas ele deve ter o julgamento com amplo direito de defesa para que os seus últimos apoiadores possam ter tempo de chorar, de se arrepender e de se envergonhar pelo apoio dado a um crápula de tão grande malignidade moral, ética e religiosa.
Bolsonaro conseguiu fazer a Bandeira do Brasil virar piada. Conspurcou os símbolos da nacionalidade. Talvez o maluco seja declarado um novo Adélio, um inimputável, Mas seus filhos numerados, não. Irão em cana braba.
E os velhinhos e as louras de farmácia que cantaram o Marcha Soldado Cabeça de Papel, invocaram ETs, oraram, aqueles hinos para pneus e muro da lamentação diante de quarteis, enfim, esses vão naturalmente esquecer o sonho de verão.
A História talvez vá dizer que Bolsonaro não foi pior do que Hitler… e que também não foi melhor do que Mussolini.
Mas isso não quer dizer que a crise acabou, que Bolsonaro já perdeu como perderam o Fuhrer e il Duce. O neofascismo tropical ainda é uma ameaça, uma praga. Bolsonaro parece um piolho, um vírus, uma doença, uma falta de memória, uma tristeza de muita gente que troca a tristeza por uma falsa saudade.
Patriotas no Brasil de Bolsonaro viraram sinônimo de Criminosos. Alguns terão o benefício da demência mental, da lavagem cerebral. Alguns são do mal mesmo, racistas, escravagistas, dolosos. Outros são como patriotas embriagados. E seus crimes são culposos, não intencionais. Estes bolsonaristas de crimes culposos pensam que estão do lado do bem e que estão lutando contra comunistas, infiéis, corruptos, petistas, ateus e católicos que seguem a diretriz do Papa Francisco.
A loucura é tão grande que bolsonaristas católicos andaram vandalizando a cerimônia da missa em várias igrejas Brasil afora. Enlouquecidos pelas verdades dos zapps andaram interrompendo homilias, ofendendo padres como se estes fossem comunistas a favor de Lula e da Coreia do Norte.
Eles gritavam Selva, um grito de soldados. Mas a verdade é que são vítimas de uma distopia, um colapso cognitivo coletivo. Seita. Quem ainda defende Bolsonaro se parece com quem defendia Aécio em 2014.
Logo, logo, esses loucos vão se acalmar e esquecer a vertigem tentando não morrer de vergonha.
Alfredo Herkenhoff é jornalista, escritor, autor do livro Jornal do Brasil – Memórias de um Secretário