Bolsonaro e militares se deleitam com a tragédia brasileira

Por Simão Zygband

 

A estas alturas da história, nada mais deveria surpreender. Afinal, já são quase três anos de demonstração explícita de falta de caráter, desumanidade, crueldade, estupidez humana, enfim, faltam adjetivos para qualificar o capitão reformado e sua turma de milicianos, militares corruptos, charlatões do falso evangelho, empresários de rapina do tipo Véio da Havan e poderosos banqueiros e industriais que estão por trás de toda esta tramóia.

Mas como não se indignar ao ler que o elemento que ocupa ilegitimamente a presidência da República curte férias nas praias de Santa Catarina, enquanto dezenas de cidade da Bahia se encontram debaixo d´água. É um sujeito que não está nem aí para nada, que não consegue se colocar no lugar de vítimas das tragédias. Tudo leva a crer que não tenha nenhum apreço pela população mais pobre.

É verdade que nada se poderia esperar de diferente de uma pessoa que tem responsabilidade por 630 mil mortes ocorridas durante a pandemia (que sequer acabou), que ridicularizou quem sufocou com a Covid-19, que demorou uma eternidade para aquisição de vacinas redentoras (e tinha “gente” no seu governo que queria ganhar alguma comissão em cima das negociações), que não quer vacinar as crianças, enfim, uma lista interminável que mau caratismo.

Militares na mamata

Lógico que Bolsonaro não está sozinho neste descaso total que construiu com sua turma. A jornalista Constança Rezende, da Folha de S.Paulo, revela em reportagem que recursos que deveriam ter sido gastos em prevenção contra a Covid-19 foram usados para a compra de filé mignon, camarões, whisky e picanha. “O Ministério da Defesa gastou recursos destinados ao enfrentamento da Covid para a compra de filé mignon e picanha. A constatação é de uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU). Segundo levantamento sigiloso feito pela Secretaria de Controle Externo de Aquisições Logísticas), foram usados R$ 535 mil em itens considerados de luxo”.

É como escreve o jornalista Afonso Celso Perdigão Duarte sobre o bolsonarismo. “Mais de 600 mil  mortes por Covid, mais de 20 milhões de miseráveis, milhares de desabrigados na Bahia, inflação de 2 dígitos, indústria derretendo, pibinho menor do que o da Dilma, enquanto o verme dança funk reaça em um passeio de lancha e os generais compram picanhas, filé mignon, whisky e champagne com verba do Ministério da Defesa para combater a Covid. Muito otário preferiu votar neste pulha ao invés de eleger um professor universitário”.

Não precisa falar mais nada!

 

 

 

 

 

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