Da Redação
Apoiadora do presidente eleito Lula (PT), a senadora Simone Tebet (MDB/MS) solicitou ao senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado, reforço de segurança e escolta da Polícia Legislativa após receber ameaças de morte.
Tebet disputou a Presidência da República nas eleições deste ano. No primeiro turno, em 2 de outubro, ela ficou na terceira posição, com 4,16% dos votos válidos. Lula, com 48,43%, e o atual presidente Jair Bolsonaro (PL), com 43,20%, disputaram o segundo turno.
Tebet se aliou a Lula no segundo turno. Em votação realizada no último domingo (30), o petista venceu com 50,9%, contra 49,1% do candidato à reeleição. Com isso, Lula governará o Brasil de 2023 a 2026.
“Depois de entrar de cabeça na campanha de Lula, a senadora Simone Tebet passou a ser alvo de ataques raivosos de bolsonaristas, principalmente pelas redes sociais”, diz trecho da matéria da Veja.
Barroso hostilizado
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso precisou interromper o jantar e ser escoltado na noite de quinta-feira (3) em Porto Belo, no Litoral Norte catarinense, ao ser hostilizado por bolsonaristas. O grupo fez a manifestação na cidade após ser dispersado de bloqueios nas rodovias.
Em nota emitida nesta sexta-feira (4), o gabinete de Barroso disse que a “manifestação ameaçava fugir ao controle e tornar-se violenta”. A Polícia Militar foi acionada para garantir a segurança do ministro até ele chegar na hospedagem.
Barroso jantava com amigos em um restaurante no bairro Perequê quando, segundo a nota, pessoas que participavam de bloqueios de estradas iniciaram um protesto do lado de fora do estabelecimento após serem dispersadas das rodovias pelas autoridades.
Em meio ao ato, gritavam “Supremo é o Povo”, frase rotineiramente usada nos protestos bolsonaristas. Para evitar transtornos, Barroso deixou o local.
A nota da do gabinete do ministro ressaltou ainda que o ato ocorreu de forma “pacífica e ordeira”. Confira na íntegra:
O ministro Luís Roberto Barroso estava em Porto Belo, Santa Catarina, na última quinta-feira (3) para compromisso pessoal. Quando jantava com amigos em um restaurante, pessoas que participavam de bloqueios de estradas e que foram dispersadas iniciaram um protesto do lado de fora, e o ministro preferiu retirar-se para não causar transtornos aos demais clientes do local.
Ao retornar para a casa onde estava hospedado, a equipe de segurança detectou que um grupo identificara o lugar onde ficaria o ministro e começou a convocar outras pessoas para o local, fazendo ruído perturbador para toda a vizinhança e paralisando a circulação nas ruas adjacentes.
A manifestação ameaçava fugir ao controle e tornar-se violenta, tendo a segurança aventado o uso de força policial para dispersar a aglomeração. Diante disso, o ministro, em respeito à vizinhança e para evitar confronto entre polícia e manifestantes, retirou-se do local.
O ministro sequer chegou a ver os manifestantes e não houve proximidade física ou agressão. Tampouco houve qualquer registro de dano patrimonial nos locais, que seja de conhecimento do ministro.
A democracia comporta manifestações pacíficas de inconformismo, mas impõe a todos os cidadãos o respeito ao resultado das urnas. O desrespeito às instituições e às pessoas, assim como as ameaças de violência, não fazem bem a nenhuma causa e atrasam o país, que precisa de ordem e paz para progredir.