As voltas que o mundo dá…

Por Virgilio Almansur

O documentário é pedagógico! Nós costumamos esquecer as ocorrências de 13. Prestem atenção na mulher oferecendo pão entre a multidão… Traz, à lembrança, aquele carro branco em São Paulo nas jornadas de 2013: dinheiro, sanduíches e material externo aos R$0,20… Com estes surgiram esses ratos de esgoto, travestidos de brasil livre, indo pra rua checkerizar e com a bandeirinha ucraniana que as winter e helenão carregavam. Lembram?

Os perfis desses que conquistaram o parlamento e investem contra quem não reza a cartilha hitlerista, aqui são essas pústulas que rasgam placas de marielles, invadem colégios (lembram daquele símio de Petrópolis entrando e afrontando professores no Colégio Pedro II, hoje processado pelo STF?).

Observem os perfis. Idênticos! Observem a evolução da matriz miliciana a tomar conta das fronteiras, que aqui desgraçaram uma cidade maravilhosa que já paga ao milicianato para ter internet em casa, uma vez que a empresa detentora — e poderosa! — nem pode chegar ao condomínio, quiça à rua…

O trabalho jornalístico toma curso numa direção manifesta. Refletindo, Paul Moreira e assessores percebem que o filme precisa voltar e revelar o que ali está latente: os verdadeiros atores godfathers donos das ações que derrubam governos e passam a ocupar o próximo.

A importância do documentário reflete o cerne das fakenews, com cenas ousadas captadas por Paul e sua equipe, que emparedam um dos líderes para este confessar “que tudo faz parte de um ensinamento”, haja vista a coragem em filmar as humilhações por eles mesmos perpetradas aos inimigos…

Se lá, no país berço da Rússia, cercado de outros países, onde as línguas se embricam da Polônia à Rússia — e até podemos imaginar guerras das avós e avôs que desembocam neste século —, quê sucede entre nós, irmanados num território continental?

O que foi feito nas avenidas brasileiras, tomadas pela ralé arendtiana, refugo de classes mal ajambradas a cumprir ordens terceiras? De 13 a 16 semearam a estupidez, plantaram o ódio, elegemos um palhaço fã da tortura e de torturadores e ainda continuamos sob o perigo de vê-lo voltar…

Hoje vivemos mal com nossos irmãos. A cizânia plantada com doadores de pães continua de pé… A coisa aqui tá russa, um cinza que as brumas nos impedem a clareza, em tonalidades fortes de um acinzelado constante e sem definição, mas sabedores de que um bote está prestes a ser dado.

A importância do documentário, cercado de pressões do mundo dominante, a alertar-nos como se ingressássemos numa deep-web, carrega uma mensagem que meus amiguinhos amantes das SS e submetidos à suástica genocida, podem muito bem absorver. Criem coragem e se perguntem: por quê?

Documentário: Máscaras da revolução

Para assistir acesse o link

https://youtu.be/XAWedhn1kBk

 

Foto: Arquivo pessoal

Virgilio Almansur é médico, advogado e escritor.

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