Às ruas, já! Antes que seja tarde

Por Dojival Vieira

Juca Varella/Agência Brasil

 

Quando alguém que ocupa a Presidência da República convoca embaixadores para anunciar que não respeitará o resultado das eleições, como se pode chamar isso, senão um GOLPE DE ESTADO ANUNCIADO?

Assim mesmo, com todas as letras.

Quando um general ministro da Defesa, falando em nome dos fardados, vai ao Congresso para dizer que o partido armado fará uma apuração paralela das eleições – o que significa que só aceitará o resultado que for favorável ao seu candidato – como pode se chamar isso senão GOLPE DE ESTADO ANUNCIADO, com a deslegitimação do Tribunal Superior Eleitoral, responsável pelas eleições?

Quando um Congresso, cedendo a escalada golpista e com o apoio patético de uma oposição desnorteada e não menos patética, aceita – por medo e ou acomodação – rasgar a Constituição aprovando a PEC da compra de votos, que cria um Estado de emergência para permitir que o candidato dos golpistas fardados se locuplete na compra de votos, às vésperas das eleições, já não podemos falar em Democracia.

As regras do jogo já foram quebradas e já estamos num regime híbrido de autocracia e ditadura civil militar.

Outra vez!

Só falta oficializar, o que poderá acontecer após a orgia de mortes e sangue que está sendo preparada por novos protagonistas inspirados na ala terrorista dos milicos, responsável pelos atentados do Rio Centro.

Diante disso e da ausência de uma oposição digna desse nome; de vozes capazes da convocar o povo a encher às ruas em todo o país em manifestações de multidões, só nos resta uma coisa a fazer: o povo mesmo tomar às ruas para dizer com suas vozes e corpos.

Não, passarão!

A não ser por cima de uma montanha de cadáveres.

Dojival Vieira é advogado, jornalista e editor de Afropress.

 

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