Por Moisés Mendes
Lula mandou a Petrobras baixar o preço da gasolina, do diesel e do gás. A inflação está caindo.
O povo está voltando a comer carne. O emprego está melhorando.
O dólar cai todos os dias, as bolsas reagem, os investidores avisam que voltarão ao Brasil.
Lula revogou decretos de Bolsonaro que facilitavam o acesso às armas.
Ampliou a lista de remédios de graça da Farmácia Popular. Até anticoncepcional será dado gratuitamente.
Foi estancada a matança de yanomamis na Amazônia. A Polícia Federal destrói todos os dias acampamentos e máquinas de garimpeiros.
Lula reconquistou a confiança dos líderes mundiais e foi paparicado no G-7.
Os valores das bolsas de estudos nas universidades foram reajustados em até 200%.
A faixa de isenção do Imposto de Renda passou de R$ 1.903 para R$ 2.640.
Os servidores públicos terão correção de 9% nos vencimentos.
Mais de 70 milhões de brasileiros serão beneficiados pelo programa de abatimento na renegociação de dívidas.
A merenda escolar vai receber aumento de verbas de 39%.
Lula determinou que Petrobras, Correios e Empresa Brasil de Comunicação, entre outras empresas, não serão privatizadas.
Lula assina uma medida na área social por dia, beneficiando pobres, negros, indígenas, quilombolas, mulheres, crianças.
Baixou decreto que reabilita a Lei Rouanet destruída pelo fascismo.
Decidiu que o povo merece ter acesso a um carro mais barato e levou pau dos que dirigem carrões nunca vistos antes nas ruas do Brasil.
Os programas Minha Casa Minha Vida e Mais Médicos foram relançados.
Aos poucos, as crianças voltam a ser vacinadas, depois das campanhas da extrema direita contra a imunização.
Bares e restaurantes esvaziados pelo bolsonarismo estão lotados de novo.
Lula se esforça todos os dias para pacificar o país.
E o que mostra a mais recente pesquisa do Ipec? Que Lula tem menos aprovação hoje do que em março. E que a confiança no governo também é menor.
O melhor é não se esforçar muito para tentar entender. Vamos esperar, para não sermos enredados em análises dos comentaristas de direita.
O que importa: que a avaliação de Lula continua boa entre os pobres e que melhorou entre os que recebem de 3 a 5 salários mínimos.
E o resto? O resto, de boa parte dos ricos e da classe média desorientada que havia pulado para o colo de Bolsonaro, ainda está incomodado com o que aconteceu em outubro. Mas vai se acostumar.
Moisés Mendes é jornalista em Porto Alegre (RS). É autor do livro de crônicas Todos querem ser Mujica (Editora Diadorim). Foi colunista e editor especial de Zero Hora