Da Redação
Após a morte do soldado Patrick Reis, a polícia iniciou uma chacina no Guarujá, litoral paulista. Até então, dez mortes foram confirmadas. Moradores relatam que casas foram invadidas e que até mesmo crianças e adolescentes foram abordados violentamente. Também há relatos de uma promessa da polícia de matar 60 pessoas em vingança.
O governador Tarcísio de Freitas afirma que não houve excessos e diz estar “extremamente satisfeito” com a atuação da polícia. A fala fortalece a política de genocídio e responsabiliza as vítimas por sua própria morte.
Da Rede de Observação da Violência
Fala estarrecedora
Ao menos 10 pessoas foram mortas por policiais da ROTA no Guarujá, em uma ação policial na região após a morte de um policial militar. De acordo com relatos de moradores, houve abusos, intimidação e até mesmo tortura contra cidadãos.
Ao comentar o caso, governador de São Paulo, Tarcisio de Freitas, afirmou estar “extremamente satisfeito” com a ação. A fala estarrecedora mais uma vez ilustra a postura de autoridades brasileiras diante de abusos policiais e violações de direitos humanos. Até quando governantes vão legitimar a violência policial e tolerar ações arbitrárias que contrariam a nossa Constituição? Execução é crime!
O Ministério Público tem a obrigação de controlar a atividade policial, chegando até o mais alto comando das forças de segurança, o que inclui o próprio governador. É inadmissível que massacres continuem sendo praticados sob a bandeira da justiça e da segurança pública.
Da Anistia Internacional Brasil
Discurso vazio
O nome do que aconteceu em Guarujá é chacina. E, pior, patrocinada pelo Governo do Estado. Segundo moradores e a Ouvidoria da Polícia, são, pelo menos, nove mortos na ação de extermínio, alguns possivelmente inocentes, que tinha o pretexto de encontrar o assassino do soldado Reis, da Rota, na última semana.
A investigação tem que identificar quem matou, de fato, o jovem soldado, do qual me solidarizo com sua família. Precisa prender o criminoso e a Justiça puní-lo severamente! Mas, ao Estado não cabe o papel de revanchismo e de retaliação.
Ao invés de ficar no discurso vazio e populista da Segurança Pública, o governador deveria agir com celeridade para ampliar o efetivo policial, coibir o crime organizado, investir em ações preventivas e de inteligência e dar real amparo às investigações.
Da vereadora Telma de Souza
Vendetta sanguinária
Uma vergonha e um acinte a cobertura que a Globo News faz da chacina policial no Guarujá.
Não só se esforçam por poupar Tarcísio, o responsável legal pela ação da polícia: o inacreditável Valdo Cruz (Credo) chega ao cúmulo de tentar responsabilizar a esquerda pela vendetta sanguinária praticada por “forças de segurança” notoriamente bolsonaristas.
Que lixo de jornalismo!
Do professor Maurício Caleiro