A maior onda de demissões na TV Globo de todos os tempos

Da Redação
Continuam as demissões em massa no jornalismo da TV Globo. No segundo dia de dispensa massiva – 22 profissionais perderam o emprego ontem (terça-feira, 4) -, o canal carioca rescindiu os vínculos de mais de uma dezena de outros colaboradores ao longo de toda esta quarta-feira (5).

Entre os afetados pela política severa de cortes, estão os veteranos César Galvão, Fábio Turci e Fábio William.. Os dois primeiros eram repórteres do núcleo paulistano e possuiam mais de 20 anos de casa. Já o terceiro era apresentador do DF1, em Brasília, e já havia atuado nas reportagens do Jornal Nacional.

Na data de hoje, a tesoura da Globo se concentrou mais intensamente nas redações de São Paulo e de Brasília, onde Márcia Witczak, editora local e apresentadora da agenda cultural no DF1, foi a dispensa mais significativa. Márcia Correa, editora-chefe do telejornal Bom Dia São Paulo, encabeçou as demissões na capital paulista, seguida de Emilene Silva, editora do Jornal Hoje.

Da equipe do G1, foram desligados Sávio Ladeira, Edmundo Silva, Olivia Henriques e Marta Cavallini. Já no elenco jornalístico da GloboNews, a editora Lúcia Carneiro e a supervisora-executiva de projetos especiais Anna Karina Bernardoni perderam seus empregos.

Na terça-feira, 4, Mônica Sanches, Eduardo Tchao, Marcelo Canellas e Leila Sterenberg também foram demitidos. Além do jornalismo, o narrador esportivo Cleber Machado e apresentadora Fernanda Gentil, também deixaram a TV Globo nas últimas semanas.

Os motivos dos cortes alegados são os altos salários dos jornalistas com mais tempo de casa, para gerar economia e diminuir o impacto do prejuízo registrado no balanço financeiro nos últimos dois anos. Mais dispensas serão feitas ao longo das próximas semanas em diversas áreas.

Há informações de que os cortes de jornalistas na TV Globo e do site G1 já atingem a 50 profissionais. É a maior já ocorrida na empresa em todos os tempos.

Nota do Sindicato dos Jornalistas do Rio

“O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro repudia as demissões e vai protocolar denúncia junto ao Ministério Público do Trabalho contra a arbitrariedade e o inaceitável assédio moral no momento mais decisivo da campanha salarial, quando é apreciada a proposta patronal para a renovação da Convenção Coletiva e os trabalhadores buscam reduzir perdas econômicas e assegurar melhores condições de trabalho”.

O Sindicato de São Paulo não se pronunciou.

Solidariedade
Minha solidariedade aos colegas da Globo, alguns com décadas de serviços prestados à Casa, demitidos num corte gigantesco.
Em 2006, quando saí da Globo por denunciar manipulação no noticiário, escrevi uma longa carta (viomundo.com.br/voce-escreve/r…).
Nela, contestava João Roberto Marinho, que cobrara “lealdade” dos “colaboradores”.
Escrevi: “Caro João, você talvez nem saiba direito quem eu sou.
Mas gostaria de dizer a você que lealdade devemos ter com princípios e com a sociedade.”
Vejo tantos colegas, que seguiram a linha da lealdade absoluta à Globo, serem agora chutados.
Dá um alívio danado saber que jamais acreditei nesses mafiosos da notícia.
Aos colegas, desejo sorte. Muitos deles são excelentes jornalistas.
Aos bilionários da família Marinho e seus capatazes, desejo que paguem de alguma forma pelo mal que causaram ao Brasil.
A Globo é a mãe da Lava-Jato. E, portanto, é a avó do ódio bolsonarista que agora devora o Brasil, e ameaça a própria emissora.
Quem paga? Os funcionários.
Alguns acreditaram que eram “colaboradores”. Só na hora da demissão talvez descubram que são trabalhadores da notícia.
Rodrigo Vianna – São Paulo
 
Sérgio Moro e Roberto Irineu Marinho

Resposta de 0

  1. Quem trabalha em empresas que nao sao estatais,sabe que está sujeito a demissões.
    Qto a Lava Jato, qual é?
    Foi a parte mais limpa que a Globo estimulou!
    E que jornalistas inescrupolosos e tendenciosos ajudaram a acabar.
    Tome tento.
    Globo é a maior empresa de comunicação e respeitada!

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